O altos custos dos navios-plataforma atrasaram o avanço do Sergipe Águas Profundas (SEAP), projeto da Petrobras com potencial para produzir 240 mil barris de petróleo por dia e 18 milhões de metros cúbicos de gás natural. Em comentário publicado no Jornal do Dia, o jornalista Gilvan Manoel, revela que este risco foi admitido pela própria presidente da Petrobras, Magda Chambriand.
Segundo o articulista, ao responder a um apelo do ministro da Secretaria-geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, sobre a importância da implantação do SEAP para o desenvolvimento econômico de Sergipe, Magda Chambriand explicou que os altos custos dos navios-plataforma atrasaram o avanço do Projeto. Ela garantiu, contudo, que a Petrobras está reestruturando o projeto para tentar torná-lo viável.
“A fria resposta da presidente da Petrobras ao ministro Márcio Macêdo serve como um novo alerta: o Sergipe Águas Profundas pode vir a ser permanentemente adiado pela companhia, sem qualquer reação das autoridades políticas do estado”, alerta Gilvan Manoel.
O jornalista lembra em seu artigo que em meados de fevereiro deste ano a Petrobras adiou por mais quatro meses do prazo de recebimento de propostas para afretamento de unidades de produção (FPSOs) para o SEAP. “Foi o terceiro adiamento da licitação, lançada em abril de 2023 e que previa a entrega das propostas em outubro daquele ano. Previsto inicialmente para 2027, o projeto foi adiado para 2028 na última revisão do plano estratégico da companhia, mas órgãos especializados em óleo e gás que falam em 2031. Já o gasoduto ficou para 2029, com previsão de adiamento”, frisa o colunista do Jornal do Dia.
Gilvan Manoel escreve ser a resposta da presidente da petrolífera “mais uma ducha de água fria em relação ao projeto que sofreu alguns adiamentos e pode até ser congelado pela Petrobras, mesmo diante do apelo do ministro, que vê o SEAP como um passo fundamental para a recuperação econômica do estado.
foto: Ocyan