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Uma em cada quatro pessoas é vítimas de golpes digitais

Não existe perfil definido para as vítimas, o que dificulta prevenção ao crime

No último ano, cerca de 24% da população foram vítimas de golpes digitais, como clonagem de cartão, fraude na internet ou invasão de contas bancárias. De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Instituto DataSenado, já são mais de 40,85 milhões de pessoas ‘tapeadas’ por bandidos, que têm se especializado cada vez mais nesse tipo de crime.

Segundo o levantamento do DataSenado, não existe um perfil bem definido para as vítimas de golpes digitais. O documento divulgado indica que “as pessoas que relatam ter perdido dinheiro com esse tipo de crime nos últimos 12 meses estão distribuídas em proporção semelhante às características socioeconômicas da população brasileira”.

Isadora Moreira*, de 57 anos, foi uma das enganadas por meliantes. Ao Portal MASSA!, ela relatou que, há cerca de duas semanas, recebeu mensagens de alguém que se passava por um dos seus filhos, que mora no exterior, e acabou enviando dinheiro para golpistas.

“Boa tarde, mãe. Agenda meu número novo, o outro deixei para o trabalho, ok?”

“Está em casa? Está muito ocupada? Consegue me fazer um favor, mãe?”

“É que meu aplicativo deu problema e tenho que fazer um pagamento agora. Se eu te enviar os dados, faz pra mim? Amanhã já te repasso o valor”

A última mensagem foi respondida por Isadora*: “Sim, aguardando”. Em seguida, a vítima recebeu os dados bancários, incluindo nome completo, chave pix e valor a ser repassado, correspondente a R$ 2.650.

Ao ser questionado sobre o destino do dinheiro, o golpista se esquivou e afirmou que explicaria a situação mais tarde. Porém, a intenção de arrancar mais dinheiro da dona de casa não parou por aí:

“Mãe, verifiquei meu email e vi que tenho mais um pagamento pendente. Consegue fazer para mim? Resolvendo a questão do meu banco, te reponho o valor todo”

“Valor de R$ 4.760,89, mãe. Pode fazer nos mesmos dados que você fez o outro, tá bom?! Assim que fizer, me envia o comprovante.”

Isadora Moreira* estava disposta a realizar a segunda transferência bancária, mas algo lhe chamou atenção: “Eu estranhei que ele não havia me pedido a benção, como sempre faz, então comentei com meu esposo. Na hora apenas falei sobre o valor alto que ‘meu filho’ estava pedindo, mas mesmo assim fiz a primeira transferência”, contou.

A vítima relatou que, quando se deu conta do golpe, entrou em contato com o seu gerente bancário para pedir orientação. O profissional recomendou que ela registrasse um Boletim de Ocorrência.

Isadora* contou que também foi orientada pelos policiais a procurar o Banco Central do Brasil, através do site oficial, para solicitar a devolução da quantia. Com todos os documentos e provas em mãos, a vítima seguiu o passo a passo e agora aguarda a resolução do problema.

*Nome fictício para preservar a identidade da vítima

 

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