A Petrobras lançou um enorme balde de água fria no Projeto Sergipe Águas Profundas (SEAP). A direção da petrolífera informou que não vai mais conseguir iniciar em 2028 a produção em águas profundas na Bacia de Sergipe-Alagoas. Com investimentos estimados em US$ 5 bilhões, o SEAP foi projetado para extrair 230 mil barris de petróleo por dia e 20 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Além disso, contará com um gasoduto de escoamento.
Segundo Renata Baruzzi, diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, com as dificuldades para contratar as duas plataformas que vão produzir no Sergipe Águas Profundas, a companhia aguarda agora a conclusão de um grupo de trabalho para relançar as licitações até o final de 2024.
Há possibilidade de que a estatal continue a buscar contratar as plataformas por meio do afretamento ou inicie a contratação de unidades próprias. Existe também a hipótese de partir para o modelo build-operate-transfer (BOT), no qual a empresa contratada fica responsável pela construção, entrega e instalação da unidade, que depois é transferida para a operadora.
Sem prazo
O novo prazo para a entrada em operação vai ser definido após o resultado das licitações, disse a diretora em entrevista à Offshore Week, evento promovido pela agência eixos. Assista. O projeto de Sergipe-Alagoas Águas Profundas prevê a instalação de duas plataformas. Inclui também um gasoduto com capacidade para 18 milhões de m³/d de gás natural. A expectativa inicial era que o duto entrasse em operação no ano seguinte ao início da produção nas plataformas. A diretora não confirmou se o atraso também se estende ao gasoduto.
A estatal tenta contratar os FPSOs de Seap há três anos, sem sucesso. O mercado enfrenta dificuldades de financiamento, além de desafios para atender aos índices de conteúdo local. Além da possível mudança no modelo de contratação, a companhia também está trabalhando em melhorias nas condições dos contratos.
Fonte: Site eixos (foto Ocyan)