Embora a inflação no setor de alimentos fora do domicílio tenha registrado uma alta de 0,34% em setembro, o aumento dos preços em bares e restaurantes não são repassados aos consumidores, diz a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Também ocorreu um reajuste de 0,5% nos alimentos e bebidas e de 5,36% na energia residencial. No acumulado do ano, a inflação do setor é de 3,46%, abaixo dos alimentos e bebidas, com 3,71%, e pouco acima do índice geral, que acumula 3,31% no ano.
“Apesar do cenário de alta nos custos com insumos, energia e folha de pagamento, temos conseguido, com muita dedicação, manter o impacto nos preços para o consumidor final o mais controlado possível”, diz Paulo Solmucci, presidente da Abrasel.
Segundo ele, o problema é que o setor ainda não conseguiu repor totalmente as perdas dos anos recentes e vem trabalhando no fio da navalha. “Muitos só conseguiram sobreviver até agora porque houve um aumento de produtividade”, afirma.
O item “Refeição”, que tem grande peso no orçamento de bares e restaurantes, teve uma variação de apenas 0,18% no mês de setembro, acumulando 2,87% no ano. Já o item “Lanche”, teve alta mensal de 0,67% e acumula 5,61% no período de 12 meses. “Essa diferença mostra que há uma procura maior pelo lanche, então os estabelecimentos conseguem recompor os preços deste item”, explica Solmucci.
Fonte: Abrasel (Foto:PMC)