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Jornalista diz que Petrobras pode desistir do Sergipe Águas Profundas

Gilvan critica a falta de compromisso do governo com Sergipe

O editor do Jornal do Dia, jornalista Gilvan Manoel, publicou artigo alertando para o fato de “a Petrobras ameaça adiar – ou simplesmente desistir – da implantação do projeto Sergipe Águas Profundas (Seap), avaliado em U$ 5 bilhões”. Segundo ele, “causa espanto a passividade adotada pelo governador Fábio Mitidieri e sua equipe econômica. Não há nenhuma demonstração sequer de preocupação com a perspectiva de vir a perder um investimento dessa magnitude”, frisa.

Gilvan ressalta a afirmação da diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da companhia, Renata Baruzzi, de que não existe mais prazo para começar o empreendimento. “Previsto inicialmente para 2027, o projeto SEAP foi adiado para 2028 na última revisão do plano estratégico da companhia, mas órgãos especializados em óleo e gás que falam em 2031. Agora não existe mais uma previsão”, escreve. O jornalista destaca que “o projeto tem potencial para produzir diariamente 240 mil barris de petróleo e 18 milhões de metros cúbicos de gás natural”.

O comportamento da petrolífera, ao longo dos últimos anos, também permite suspeitar que a estatal tem perdido o interesse em investir no estado. Em seu artigo, Gilvan Manoel lembra que “em primeiro de abril de 2020, a Petrobras paralisou a produção nas plataformas de exploração de petróleo e gás natural em águas rasas no estado de Sergipe, desativou a sua sede na Rua Acre, e fechou o Tecarmo, terminal de processamento montado há mais de 40 anos na Atalaia que recebia todo o petróleo e gás extraído das plataformas, e era responsável pela distribuição de gás de cozinha para municípios de Sergipe, Alagoas e Pernambuco”.

Falta de compromisso

Por fim, o jornalista Gilvan Manoel critica o fato de o governo estadual manter “o duvidoso Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial (PSDI), voltado a concessão de incentivos fiscais e locacionais para a atração de indústrias que só permanecem em funcionamento enquanto não pagam impostos, mas ao menos gera empregos durante o período. Ao mesmo tempo não move uma palha para tentar assegurar um investimento de U$ 5 bilhões, que seria a redenção da economia sergipana. É uma falta de compromisso com o estado”, conclui.

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