O músico sergipano Mestrinho ganhou o Grammy Latino 2024 na categoria “Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa” junto com a cantora paulista Mariana Aydar. Os vencedores da 25ª edição do evento foram anunciados, nesta quinta-feira (14), em Miami, nos Estados Unidos (EUA).
Em um post colaborativo nas redes sociais, a dupla comemorou o prêmio e agradeceu pelas parcerias ao longo do processo. “Estamos felizes por representar o nosso forró em uma premiação tão importante. Essa categoria, Música de Raízes em Língua Portuguesa, é forte, simbólica e representa muita coisa. Celebra a autenticidade e a riqueza cultural da nossa música, da nossa língua e é um reconhecimento lindo aos artistas que preservam e renovam as nossas tradições”, disse Mariana Aydar.
Mestrinho já recebeu outras indicações ao Grammy Latino, nas categorias Melhor Canção em Língua Portuguesa (2019) e Melhor Álbum Instrumental (2021), mas essa é a primeira vez que o artista sergipano leva o prêmio para casa.
Filho de Itabaiana
Nascido na cidade de Itabaiana, Sergipe, em 1988, Erivaldo Júnior Alves de Oliveira, ou Mestrinho, sempre viveu dentro de um universo musical. Neto do tocador de sanfona de “oito baixos” Manezinho do Carira, filho do sanfoneiro Erivaldo de Carira, e tendo como irmãos a cantora Thaís Nogueira e o também sanfoneiro Erivaldinho – já falecido -, ele herdou um DNA musical. Começou a tocar sanfona na infância e desde pequeno foi influenciado pela música de Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Sivuca, Oswaldinho do Acordeon, Hermeto Pascoal, Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Gilberto Gil, Milton Nascimento e Elba Ramalho, entre outros.
“A minha relação com a música começou antes de eu nascer, pois quando minha mãe estava grávida, ela já sonhava com um filho sanfoneiro. Nasci num berço musical, ouvindo muita sanfona, iniciando com Luiz Gonzaga. Com 5 anos ganhei meu primeiro acordeon e comecei a tocar. Asa Branca foi a primeira música que aprendi. Depois fui aprendendo outras canções. Desde então, minha relação com a música foi e continua sendo de muito carinho, valorização e respeito, pois é uma coisa preciosa em minha vida”, diz.
Com informações da Unesp (Foto: PMA)