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16 de novembro de 2024
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Você sabia que São Cristóvão tem sete ilhas?

Vista aérea da Ilha Grande (Foto: Heitor Xavier) @visitsaocristovao)

Por Cassandra Theodoro *

Além dos seus monumento históricos, museus, do turismo religioso e opções culturais diversas a Cidade Mãe de Sergipe – São Cristóvão – possui sete ilhas. Isso mesmo! São ilhas fluviais recheadas de histórias, lendas e da força de resistência cultural dos nativos da região.

Barco do Chicão é uma opção para o passeio pelo Rio Vaza Barris

A rota passa pelo povoado Pedreiras em São Cristóvão, uma comunidade de marisqueiras e consiste em um trajeto de barco por sete Ilhas fluviais, que segue o curso do Rio que nasce na cidade o Paramopana, nome indígena do tupi-guarani (mar embravecido), cujo o significado original “pará-mo-pama”(mar feito bravo), foi adulterado e é afluente do Rio Vaza-Barris. Durante o passeio existe paradas para mergulho, caminhadas ou para o visitante poder apenas desfrutar o visual panorâmico da paisagem nativa.

Navegando pelas ilhas

Ilha Grande, Pequena, Traipu, Veiga, Diabredo, Jibóia e a de São Pedro ou do Rato, são ilhas rodeadas de paisagens naturais deslumbrantes, com mangues e sua vegetação característica. Vá com a ideia de fazer um passeio que transcende o teu imaginário.

Apenas três destas ilhas são povoadas, duas são particulares, as outras são usadas como apoio para os pescadores da região. Durante o passeio uma das paradas é na Croa do Cascalho, um dos maiores bancos de areia existentes no rio.

Para quem deseja ter contato com a natureza, fugir do estresse da vida das grandes metrópoles ou apenas conhecer um roteiro diferente, agende o passeio pela Rota das 7 Ilhas. Leia aqui em minha coluna: Conexão Turismo, sobre algumas delas. Confira:

Ilha Grande

Seguindo o fluxo das águas do rio, uma das paradas mais esperadas é o desembarque na Ipaum Guaçu, nome indígena cujo o significado é Ilha Grande.

A ilha Grande, surge em meio aos manguezais e possivelmente recebeu este nome por ser a maior entre as 7 ilhas e abriga uma restinga característica do rio. Além de uma fauna muito rica, com árvores centenárias e uma vegetação exuberante.

A ilha é a mais populosa com uma população, de aproximadamente 60 pessoas, que vive da pesca e da produção de mangas, foi colonizada pelos jesuítas, possui uma capela construída em 1933 e atualmente vem sendo preparada para ser um destino turístico de Base Comunitária. Com estrutura com píer é um local de uma gastronomia de raiz, do samba de coco e que durante os meses de janeiro, maio e junho os nativos da ilha fazem festas populares, como a Procissão do Bom Jesus dos Navegantes, a festa da Santa Crus, a Festa do Samba de Coco e o Forró da Mangueira.

Ilha da Jibóia

Jibóia é uma das ilhas particulares existente no roteiro

Uma das ilhas particulares existente no roteiro. Não é permitido o acesso sem permissão prévia. O nome já diz muito: ali, segundo os nativos existia uma enorme jibóia, que por muitos anos causou medo aos moradores da região. História de pescadores ou lenda? Não sei! Mas vale dar uma parada nela.

Ilha de São Pedro

Conhecida também como Ilha do Rato, o local é um dos preferidos dos nativos para o descanso após uma longa jornada, existe até um pequena capela erguida por pescadores em homenagem a São Pedro. O manguezal próximo a prainha é ideal para apreciar os crustáceos, como os caranguejos, aratus e os pequenos gorés que vivem por lá.

Diabredo

Catado de aratu, peixe frito com farofa e vinagrete

Para quem quer conhecer e tirar fotos incríveis, uma parada obrigatória é a Ilha do Diabredo. Também é uma opção para os que buscam um turismo de experiência. De frente para a ilha do Diabredo, existe um banco de areia que sempre surge na maré baixa, com águas cristalinas e tranquilas perfeita para catar o Massunim (marisco existente no encontro das água do mar, com rios ou lagoas. É conhecido no Sul e Sudeste brasileiro e mundialmente como vôngole). A sua pesca é uma terapia!

Mergulhando na história do Porto das Pedreiras

Segundo Thiago Fragara, historiador e poeta o porto faz parte da história de Sergipe, infelizmente desconhecida por muitos. Foi nele que no período da invasão holandesa em Sergipe entre os anos de 1637 até 1645, serviu para o desembarque das tropas holandesas do capitão Andreas. O porto também era o único da antiga Capital que não dependia do movimento das marés para o desembarque dos produtos, era largo, profundo e seguro. Outro dado importante é que ele fica no povoado onde acontece o encontro do Rio Paramopana com o Rio Vaza-barris.

Dicas

✔O passeio pelas sete Ilhas pode ser feito com agências turísticas ou contratado diretamente barqueiros que saem do Porto do Dedé, no povoado das Pedreiras.

Fonte e fotos: Portal A Voz do Cegonheiro e @visitsaocristovao

* É jornalista de turismo.

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