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O Brasil perde com o atraso do “Sergipe Águas Profundas”

O alto custo dos dois navios-plataforma provocou o atraso do Projeto Sergipe Águas Profundas

O adiamento de 2028 para 2030 para o Projeto Sergipe Águas Profundas (SEAP) começar a produzir provocou um revés no aumento da oferta de gás natural no Brasil. A prorrogação do prazo, que inicialmente estava previsto para 2026, foi provocada pela dificuldade da Petrobras em contatar dois navios-plataformas para atender ao SEAP. Avaliado em 5 bilhões de dólares, o projeto prevê uma produção de 240 mil barris/dia de petróleo, por meio de duas plataformas flutuantes (FPSOs); e a exportação de até 18 milhões de m³/d de gás natural a partir da construção de um gasoduto de escoamento até a costa.

O gasoduto de 18 milhões de m³/dia de capacidade, previsto para Sergipe, também foi adiado de 2029 para pós-2030, a depender da entrada em operação dos navios-plataformas, ainda não contratados. Diante dessas dificuldades, a petrolífera confirmou em seu Plano de Negócios da Petrobras 2025-2029 que espera iniciar as operações do projeto Sergipe Águas Profundas (SEAP) somente a partir de 2030. A previsão do planejamento anterior era começar a produzir óleo e gás em SEAP em 2028, com o gasoduto entrando em 2029.

Nova fronteira de gás

Sergipe é a principal nova fronteira de produção de gás do país. A ampliação da produção nacional, segundo a petroleira, é o próximo passo para que o mercado tenha preços mais competitivos. Licitação de plataformas está indefinida. A terceira tentativa de contratar os FPSOs de Sergipe está sendo discutida com os sócios da companhia nos ativos, ONGC e IBV. Segundo o plano de negócios:

Se a conclusão for por duas plataformas próprias no modelo build-operate-transfer (BOT), SEAP 2 está prevista para 2030; e SEAP 1 para 2031. O plano ainda considera, contudo, que SEAP 1 será uma plataforma própria, desenhada e contratada integralmente pela Petrobras, o que adia a entrada em operação para 2032.

Na primeira vez que os projetos de Sergipe entraram no plano de negócios, em 2022, o início da produção chegou a ser previsto para 2026. O novo plano informa que a companhia vai abrir uma contratação de encomenda tecnológica para o desenvolvimento e qualificação de soluções de dutos flexíveis para lâmina d’água de 3 mil metros.

A dificuldade de financiamento é um dos fatores que tem atrasado a licitação das unidades. OS FPSOs vão poder acessar os recursos do Fundo de Marinha Mercante (FMM), no valor de R$ 8,56 bilhões para as duas plataformas. Em abril, a Sudene aprovou o pleito de redução de 75% do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) para o projeto.

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