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Jornalista suspeita que Mitidieri tem fastio para governar

Mitidieri ainda não sabe como vai investir os recursos apurados com a "venda" da Deso

“Fábio Mitidieri (PSD) demonstra gostar muito das mordomias oferecidas pelo cargo, mas parece ter fastio pelo trabalho exigido de um governador”. Esta conclusão é do editor do Jornal do Dia, jornalista Gilvan Manoel. No artigo publicado neste final de semana, o colunista estranha o fato de o governo ainda não saber ao certo o pretende fazer em 2025 com os R$ 2 bilhões a que o estado terá direito pela concessão dos serviços da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso).

Gilvan Manoel destaque a falta de planejamento sobre a aplicação dos recursos revelada pelo próprio Mitidieri durante uma entrevista à uma rádio de Aracaju. O governador disse ao radialista Marco Aurélio que o estado se encontra numa situação econômica tão boa que o governo não tem pressa em definir como será feita a utilização dos R$ 2 bilhões fruto da “venda” de parte da Deso.

Pobreza crescente

Diante da revelação feita por Fábio Mitidieri, Gilvan Manoel questiona: “Se Sergipe está tão bem do ponto de vista econômico como alardeia o governador, qual a razão de o estado oferecer tão pouca assistência à população carente?”.

E o articulista prossegue: “Duas pesquisas divulgadas em abril de 2024 mostraram que no estado de Sergipe índices de pobreza e miséria continuam entre os mais elevados do país. Em consequência, a insegurança alimentar atinge cerca de 50% da população sergipana, mais de 1,2 milhão de pessoas, segundo revela pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dias antes, o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) havia divulgado o levantamento Pobreza e Miséria nos Estados Brasileiros em que Sergipe, mais uma vez, apresenta índices extremamente negativos, mesmo com um pequeno avanço registrado em 2023 em relação ao ano anterior. Segundo essa pesquisa, a taxa de pobreza em Sergipe saiu de 45,7% da população em 2022 para 44,1%, o que representa uma variação de -1,6 pontos percentuais (P.P). Nos dois anos, a renda mensal ficava em R$ 664,02″, escreve Gilvan.

Insegurança alimentar

O editor do Jornal do Dia também lembra em seu artigo que “em relação à pesquisa do IBGE, o número de pessoas com insegurança alimentar e nutricional grave no Brasil recuou de 33,1 milhões em 2022 para 8,7 milhões em 2023, passando de 15,5% da população para 4,1%, uma queda de 11,4 pontos percentuais. Em Sergipe os números continuam elevados, e tinha cerca de 50,6% dos habitantes em situação de insegurança alimentar – mais de 1,2 milhão de pessoas”, conclui.

Governo explica sobre pobreza

O governo de Sergipe enviou nota, nesta segunda-feira (9), explicando sobre a situação da pobreza no estado, citada pelo articulista Gilvan Manoel.

Veja abaixo:

“Os dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIC), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostraram que os índices de pobreza e de extrema pobreza em Sergipe em 2023 são os menores desde o ano de 2012. O Governo do Estado, no entanto, entende que há ainda um percentual elevado de pessoas vivendo nessas condições e um longo caminho a ser trilhado. Mas, há de se considerar o movimento de gradativa redução desse percentual, como constatado pelo próprio estudo do IBGE, que revela uma queda de 1,5 ponto percentual do ano de 2022 para o ano de 2023. Políticas públicas desenvolvidas pelo Governo de Sergipe, a exemplo dos programas Prato do Povo e Primeiro Emprego e os benefícios sociais, como os cartões CMais em suas diversas categorias, estão contribuindo para que o povo sergipano passe a trilhar um caminho de mais desenvolvimento e prosperidade”.

 

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