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Carnaval pela hora da morte

Pesquisa mostra que o folião vai gastar mais do que no carnaval do ano passado

O preço dos produtos e serviços relacionados ao carnaval subiu mais do que a inflação acumulada nos últimos 12 meses, segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV). A alta atingiu 12,74%, contra 10,74% apurados pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC/FGV), que mede a inflação geral.

“O folião vai gastar mais do que no carnaval do ano passado, principalmente se for viajar”, disse o economista do Ibre-FGV André Braz. De acordo com o levantamento, os combustíveis registraram aumento significativo nos últimos 12 meses, o que encarece as viagens de carro no feriado: o etanol subiu 27,05% no período; a gasolina, 22,68%; e o gás natural veicular (GNV), 16,53%. No mesmo período, as passagens aéreas subiram 17,68%.

Outro produto consumido pelos foliões que teve elevação de preço acima da média da inflação foram as bebidas. As bebidas alcoólicas vendidas em bares e restaurantes subiram 13,41%. Nos supermercados, o preço das cervejas teve alta de 11,07%. Também houve aumento nos destilados (14,13%), refrigerantes e água mineral (13,32%) e sucos de frutas (11,09%).

O economista da FGV sugere algumas estratégias para quem deseja fazer um pouco de economia no carnaval. Uma delas é levar de casa parte das bebidas que vai consumir durante a folia para reduzir os gastos. As principais refeições (café da manhã, almoço e jantar) devem ser feitas em casa e depois o folião vai para os blocos, porque nos bares e restaurantes o preço da comida teve alta de 8,25%.

Outra dica é dividir com os amigos. “Aquela boa e velha vaquinha. Compra no supermercado, que é mais barato, divide a despesa e bota para gelar no isopor. Dá para economizar um pouquinho ali”. No entanto, segundo Braz, dificilmente o folião vai gastar menos do que gastou no carnaval passado. “Vai ter que desembolsar mais”.

Dos 20 itens pesquisados pelo Ibre-FGV no levantamento, apenas as diárias de hotéis ficaram mais baratas que em 2015, com queda de 1,9%.

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