UFS: 1 tonelada de álcool gel e 1.500 litros de glicerinado
17 de abril de 2020
Hoje é dia de feira em três bairros de Aracaju
18 de abril de 2020
Antônio Edilson do Nascimento *
A fake news é uma praga que precisa ser combatida
Ela pode causar muito mal, mortes inclusive.
Uma fake news divulgada no Irã dizia que a ingestão de álcool poderia combater o coronavírus.
Como a venda e o consumo de bebidas alcoólicas são proibidos no país, que segue à risca os preceitos do islamismo, as pessoas resolveram tomar álcool puro, usado para limpeza, ou bebidas contrabandeadas.
O resultado foi catastrófico e mais de 40 iranianos morreram num único dia, 10/03/2020, terça-feira da semana passada, por intoxicação causada por metanol.
Veja mais em:
https://exame.abril.com.br/mundo/fake-news-sobre-coronavirus-leva-44-pessoas-a-morte-no-ira/
Em Guarujá-SP, a dona de casa Fabiane Maria de Jesus, 33 anos, morreu dois dias depois de ser amarrada e espancada por dezenas de pessoas que acreditaram numa fake news com uma foto de mulher parecida com a Fabiane e com a informação de que ela sequestrava crianças para utilizá-las em rituais de magia negra.
A violência foi tanta que, minutos após a agressão, a Polícia Militar chegou a isolar o corpo de Fabiane acreditando que ela, que só veio a falecer dois dias depois, já estava morta.
Para ter uma ideia do drama, imagine-se você no lugar dela no momento do espancamento.
Ela era mãe de duas crianças.
Será que pensou nelas naqueles momentos de suplício?
Não vamos nunca saber.
Veja mais em:
O uso criminoso de fake news está muito bem caracterizado no documentário Privacidade Hackeada, disponível na Netflix.
O documentário mostra como a divulgação maciça de fake news levou à eleição de Trump e à saída da Inglaterra da União Europeia.
Fake news podem contribuir também para a destruição da vida no nosso planeta, pela deterioração do meio ambiente e propagação desenfreada do coronavírus pelo mundo.
A eleição do bolsomicida que desgoverna o Brasil foi, em grande parte, resultado da divulgação massiva de fake news.
Para saber mais sobre os efeitos causados basta olhar em volta.
Costumo verificar se as notícias que recebo são fake news no site www.boatos.org.br.
Poderia citar outros, mas para estimular a participação de todos no combate a esta maldita praga, vou deixar para que outros participantes sugiram mais sites.
Acredita-se que para termos um combate eficiente à propagação das fake news é obrigação de quem pretende enviar, testar antes a informação.
* Antônio Edilson do Nascimento é professor da Universidade Federal de Sergipe
