Tem sido cada vez mais frequente a presença de cobras e outros animais silvestres na área urbana da Grande Aracaju. Nos últimos dias, técnicos da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) foram chamados por populares para resgastarem quatro jiboias arco-íris (Epicrates cenchria) na periferia da capital e na cidade de São Cristóvão. Saudáveis, os animais foram soltos em área de reserva ambiental.
Dia desses, uma jiboia muito bem criada resolver passear pela ciclovia da Avenida Beira Mar. Ao se deparar com a cobra, comum na capital de Sergipe, o ciclista abandonou a bicicleta e, de longe, assistiu e fotografou o passeio do belo animal. Aliás, o Parque dos Cajueiros e o Parque da Cidade, respectivamente, nas zonas sul e norte da capital, são áreas bem habitadas por animais silvestres, inclusive as inofensivas jiboias. E Viva a natureza!
Os técnicos da Adema garantem que estes constantes aparecimentos de cobras na árrea urbana se deve, em parte, às chuvas leves, porém recorrentes, que têm caído na Grande Aracaju. As quatro giboias resgatadas nos últimos dias são jovens, bastante ativas, responsivas e não apresentavam qualquer lesão quando foram capturadas.
“O aparecimento recorrente das cobras é bem comum nessa época do ano”, explica Daniel Allievi, veterinário da Adema. Segundo ele, por serem ectotérmicos, e, portanto, precisarem regular a temperatura de acordo com o habitat em que estão inseridos, os repteis saem em busca de sol e calor para se aquecerem.
De acordo com o diretor-presidente da Adema, Gilvan Dias, é importante pontuar que, nos últimos meses, o trabalho da equipe técnica da Adema no resgate, apreensão e entrega voluntária de animais silvestres tem sido intenso. “Isso acontece em virtude do contato estabelecido entre a população e os especialistas na área que atuam no órgão. A Adema reafirma seu compromisso com população e a preservação da fauna sergipana”, explicou.
Fonte e fotos: Secom/GS