A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (5), a “Operação Retificadora”, com o objetivo de obter provas para investigação que apura as práticas dos crimes de lavagem de capitais e de desvios de recursos públicos destinados à Associação Aracajuana de Beneficência (Hospital Santa Isabel).
A operação conta com o apoio e a participação da Receita Federal do Brasil (RFB/SE). Estão sendo cumpridos seis mandados judiciais de busca e apreensão em Aracaju e em Nossa Senhora do Socorro. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara da Justiça Federal de Sergipe.
As investigações tiveram início a partir de constatação, por parte da Receita Federal, de inconsistências na evolução patrimonial declarada de um dos diretores do Hospital Santa Isabel e seus familiares.
A Receita Federal analisou as declarações de imposto de renda de pessoa física (DIRPF) dos investigados, relativas aos anos-calendários de 2004 a 2017, e constatou que, a partir de 2009, os investigados apresentaram declarações retificadoras de IRPF de anos anteriores com inclusões de altos valores no tipo “Dinheiro em espécie – Moeda nacional”, sem justificativa da origem do rendimento.
Com base nas informações fornecidas, a Polícia Federal obteve autorização judicial para acessar os dados bancários e fiscais dos investigados. Através de análises, identificaram-se indícios de que a evolução patrimonial dos investigados advém de possíveis desvios de recursos públicos oriundos do Fundo Nacional de Saúde e de alguns Fundos Municipais de Sergipe.
As principais evidências verificadas foram a emissão de cheques de altos valores em favor de pessoas físicas consideradas atípicas (empregados do hospital com baixa remuneração mensal e familiares dos investigados), a ausência de informações de fornecedores e/ou prestadores de serviços e de notas fiscais nos lançamentos contábeis e a existência de registros contábeis atípicos de saída de recursos.
Fonte e fotos: PF/SE
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Sai governo entra governo e a corrupção continua.
Essa gente não tem remédio