A terra voltou a tremer, nesta terça-feira (1º), em Sergipe. O tremor foi registrado na região do Baixo São Francisco. Moradores das cidades de Amparo do São Francisco e Canhoba perceberam os abalos e que, embora mais fortes, não causou problemas, mas todos dizem que o susto foi grande. Segundo informações passadas pelo Laboratório de Sismologia (LabSis) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que monitora esse tipo de atividade no Nordeste, a magnitude foi de 2.7, maior que o 1.8 registrado entre a noite do domingo (30) e a madrugada dessa segunda-feira (31) no município de Canhoba.
Desde domingo (30), a terra está tremendo no Nordeste. O primeiro terremoto ocorreu no interior da Bahia. Moradores de cidades no Recôncavo e do Baixo Sul baiano relatam que, no domingo bem cedo, acordaram assustados após um tremor de terra. O Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) registrou um terremoto de magnitude 3.7, na escala Richter, na cidade de São Miguel das Matas, e dois terremotos de magnitude 4.2 e 3.7, na escala Richter, na cidade de Amargosa, ambas no Centro Norte baiano.
Tremores aumentam
De acordo com o mestre em geologia Henrique Assumpção, os abalos sísmicos que aconteceram em diferentes regiões da Bahia estão relacionados diretamente aos aumentos das cidades em regiões que antes eram ocupadas apenas pela natureza. “As cidades estão crescendo e a identificação de tremores vai aumentando. As pessoas estão ocupando espaços que os tremores já acontecia. A propria população também pode dar essa consequencia dos tremores”, pontua o geólogo.
“Esse tremor é devido a acomodação de terra, ou seja, quando a terra colapsa no subterrâneo. No recôncavo temos rochas, chamadas de rochas sedimentares, que são arenosas. Esse tipo de situação se tem rios subterrâneos, chamados de aquíferos, que são utilizados para abastecimento de água com os poços artesianos. Devido esse rebaixamento do nível de água do aquífero, vai criando este vazio nas regiões. Vai chegar o momento que todas as extensões nesta terra vão colapsar de forma rápida e gerar este abalo sísmico”, constata o geólogo.