Sergipe tem 20 praias apropriadas para o banho
21 de janeiro de 2023
TJD realiza julgamentos na terça-feira
22 de janeiro de 2023
Exibir tudo

Religiões de matriz afro sofrem com o preconceito

É crime zombar de alguém publicamente por motivo de crença ou função religiosa

Embora o Brasil tenha se tornado um Estado laico há 132 anos, os adeptos das crenças de matriz africana sofrem a maioria dos ataques de intolerância religiosa no país. Amparados pela fé, resistem às ameaças físicas e verbais. Enfrentam a depredação de seus espaços de culto. Neste sábado (20), Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, os dados expõem uma cruel realidade: A cada dia são registrados ao menos três casos de ataques aos seguidores da Umbanda e do Candomblé. Só no ano passado, ocorreram no Brasil 545 denúncias de intolerância religiosa.

Geovanna Moreira, 23, cresceu em família evangélica. Após os 18 anos, quando começou a estudar sobre outras doutrinas, encantou-se pela Umbanda. “É uma religião que se tornou extremamente importante na minha vida. Posso estar em um péssimo dia, mas só de ir ao terreiro me sinto mais leve, feliz e em paz”, confidencia. “As pessoas tem que entender o quão errado é toda essa história da intolerância religiosa, o quão mal faz aos outros. Você sempre vê histórias de terreiros que foram queimados, pessoas que foram ofendidas por estarem de branco, guias ou algo do tipo”, lamenta a técnica de enfermagem.

Código penal 

Segundo o artigo 208 do Código Penal Brasileiro (CPB), é impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso, humilhar publicamente ato ou objeto de culto religioso. A pena é de um mês a um ano de prisão, e multa. Se houver uso de violência, a pena é aumentada em um terço.

O Disque 100 é um serviço de disseminação de informações sobre direitos de grupos vulneráveis e de denúncias de violações de direitos humanos, como crianças e adolescentes, pessoas idosas, pessoas com deficiência, população LGBT, população em situação de rua, entre outros. O canal do governo federal recebe, analisa e encaminha as queixas para o órgão responsável pela investigação, proteção ou responsabilização. O serviço funciona diariamente, 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados. As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem direta e gratuita, bastando discar 100.

Com informações do Correio Braziliense (Foto: Agência Brasil)

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *