A informação de que o miliciano carioca Adriano Nóbrega – morto pela Polícia baiana – mantinha estreitas relações com fazendeiros de Sergipe, só aumenta as suspeitas de que existe uma aproximação criminosa entre milícias e políticos sergipanos. Segundo o jornal Estadão publicou, em janeiro passado, a Polícia Federal está monitorando a ação de milicianos e facções criminosas no processo eleitoral em 18 estados, inclusive de Sergipe.
De acordo com o Estadão, no interior de Sergipe há registros de “grupo de milícia liderado por um policial, que agiria vendendo segurança e atuando como grupo de extermínio na região do Vale do Cotinguiba. A ligação de um político com o grupo criminoso, inclusive, foi alvo de investigação”. As suspeitas sobre as ações de milicianos no estado aumentaram após a Polícia baiana descobrir que o ex-capitão Adriano Nóbrega teria participado, pelo menos uma vez, de uma vaquejada em Sergipe.
Abriu a guarda
Escondido na fazenda e parque de vaquejada pertencente a Leandro Abreu Guimarães, em Esplanada (BA), onde foi morto, o miliciano Adriano Nóbrega lavava o dinheiro do crime comprado gado e terrenos no interior baiano. Como só pagava as compras em espécie, o ex-policial carioca ganhou a simpatia de vários pecuaristas. Policiais baianos informaram que, sem saber que a Polícia estava muito perto de localizá-lo, Adriano teria relaxou a guarda, a ponto de participar das vaquejadas na Bahia e em Sergipe. Só resta aguardar as investigações policiais para saber se o ex-capitão do Bope carioca tinha relação com as milícias que, segundo a PF, estão agindo em Sergipe.
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