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Água-viva, um perigo nas praias de Sergipe

Em caso de contato com a água viva ou caravela,, a orientação é lavar a área afetada com água do mar

Quem frequenta as praias de Sergipe tem notado o aumento do aparecimento de caravelas e águas-vivas. Esse crescimento súbito em um local é chamado de afloramento de medusas, fenômeno natural que pode estar associado ao aumento da temperatura das águas oceânicas e alterações dos ambientes praianos. Para evitar acidentes, os banhistas precisam estar atentos ao entrar no mar ou caminhar na areia das praias para não serem surpreendidos com queimaduras ao contato com a pele.

O Corpo de Bombeiros sinaliza as áreas onde o aparecimento das águas-vivas é mais comum

Segundo a bióloga da gerência de licenciamento da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), Andreia Moura Beltrão, na costa sergipana a incidência das caravelas e águas-vivas é mais comum no período do verão, quando as águas estão mais quentes. Ela disse que as caravelas têm tamanhos variados, mas as que estão aparecendo atualmente na costa de Sergipe são pequenas e em grande quantidade.

“O aumento desses animais neste período indica um possível desequilíbrio ecológico. Estamos no inverno, mas as temperaturas das águas estão mais altas do que o normal, o que ocasiona o surgimento dessas caravelas. Isso sinaliza um desequilíbrio ecológico, provavelmente decorrente do aquecimento global”, afirmou a bióloga.

Águas-vivas, também conhecidas como medusas, e caravelas são animais aquáticos simples e de vida livre que pertencem ao filo Cnidaria, assim como as anêmonas e corais. São caracterizadas por soltarem toxinas que, em contato com a pele, podem causar irritações e reações alérgicas. Encontradas em águas tropicais e subtropicais, as caravelas são impulsionadas pelo vento e pelas correntes oceânicas, não possuindo mecanismos de propulsão próprios.

A professora Tereza Cristina não sabia o que fazer em caso de contato com a água-viva

A professora aposentada Tereza Cristina Cerqueira, frequentadora de umas das praias de Aracaju, admite que não sabia como proceder em caso de contato com esses animais. “Eu costumava coçar com areia quando era queimada, o que só piorava a situação”, relatou.

Cuidados necessários

Com o aumento das águas-vivas e caravelas, os casos de queimaduras também têm se tornado mais frequentes. De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe (CBMSE), de abril a junho deste ano foram registrados 157 casos de queimaduras. No mesmo trimestre do ano passado, ocorreram 24 acidentes, um aumento de cerca de 554% no número de casos no litoral do estado.

Em caso de contato com esses animais, a orientação é lavar a área afetada com água do mar e, se possível, usar vinagre. “Não se deve esfregar a pele nem usar água doce, pois isso pode espalhar o veneno”, recomendou Marino. Para alertar a população sobre as áreas de risco, o Corpo de Bombeiros está colocando placas roxas em pontos estratégicos para chamar atenção dos banhistas sobre a incidência de animais marinhos.

Fonte e fotos: Ascom/Adema

 

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