O senador Alessandro Vieira (PSDB) protocolou notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), pela prática de corrupção ativa, além do senador Marcos do Val (Podemos-ES), por corrupção passiva. O tucano de Sergipe cita como fato a afirmação de Marcos do Val, em entrevista, dada ao Estado de S.Paulo, de que recebeu R$ 50 milhões em emendas do chamado orçamento secreto por ter apoiado a campanha de Rodrigo Pacheco à Presidência do Senado.
Alessandro Vieira também protocolou no Conselho de Ética do Senado representação contra os três – Pacheco, Alcolumbre e Do Val – por quebra de decoro parlamentar. Marcos do Val disse, ainda, na entrevista, ter sido informado sobre a verba por Davi Alcolumbre, articulador da campanha de Pacheco ao comando do Senado, após o resultado da disputa. Relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023, Do Val afirmou que os recursos seriam uma forma de “gratidão” pelo apoio. As afirmações de Do Val expuseram, pela primeira vez, como são feitos, nos bastidores, os acordos em torno da divisão do orçamento secreto. Ao Estadão e em entrevistas posteriores, o senador Do Val afirmou acreditar ter sido mal interpretado, mas não negou as afirmações.