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Alessandro Vieira pede à CPI da Covid para reconvocar Pazuello

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O senador Alessandro Vieira (Cidadania) apresentou, nesta sexta-feira (21) à CPI da Covid um pedido de reconvocação do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Na solicitação, o parlamentar sergipano afirma que o depoimento do general “foi permeado por diversas contradições, verificadas no cotejo com documentos e informações disponibilizados a esta CPI e mesmo publicamente divulgados.”

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito, Renan Calheiros (MDB), contabilizou pelo menos 15 mentiras ditas por Pazuello ao longo dos dois dias de depoimento. O pedido de Alessandro Vieira, entretanto, ainda não tem data para ser votado pelo colegiado da CPI.

Na sessão da CPI de quinta-feira (20), que ouviu o ex-ministro da Saúde, Alessandro Vieira comparou Pazuello a Adolf Eichmann, tenente-coronel do exército nazista e um dos principais organizadores do Holocausto. Ao fazer o paralelo, o senador citou que o posicionamento de Pazuello é semelhante ao adotado pelo oficial alemão, que não se responsabilizava pelos seus atos e simplesmente dizia que “seguia ordens”.

Só cumpria ordens

“Ele não possuía histórico ou traços preconceituosos, não apresentava caráter distorcido ou doentio, ele agiu segundo o que acreditava ser seu dever, cumprindo ordens superiores e com o desejo de ascender na carreira, na mais perfeita lógica burocrática. Cumpria ordens sem questionar, com o maior zelo e eficiência, sem refletir sobre o bem ou mal que pudessem causar”, descreveu Alessandro.

Eichmann, que entrou no Partido Nazista em 1933, era responsável por gerir a deportação em massa de judeus para os campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Após o confronto, em 1945, ele fugiu para a Áustria. Em 1950, após obter documentos falsos, Eichmann seguiu para a Argentina onde ficou até 1960.

Capturado pelo serviço secreto do estado de Israel em 1960, o nazista foi levado a julgamento por diversos crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Eichmann foi considerado culpado de muitas das acusações e condenado à morte. Foi executado no dia 1 de junho de 1962.

Fonte: Site O Antagonista

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