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Apesar de muito copiada, a arte de Beto Pezão é inconfundível

Beto Pesão produzindo

Beto Pezão produzindo novas peças em barro

Artesão e escultor, José Roberto Freitas, conhecido como Beto Pezão, nasceu às margens do Rio São Francisco, em Santana do São Francisco/SE (antiga Carrapicho). Aos seis anos de idade, ganhou um pequeno torno de presente, iniciando, assim, a arte de modelar o barro. Aos nove anos, já comercializava algumas de suas peças em feiras populares. Desde menino ajudava o pai, que era escultor, no trabalho artesanal com o barro.

Em 1971, já residindo em Aracaju, teve seu trabalho valorizado, através de uma peça solidamente plantado em dois pezões que lhes davam o devido apoio: criava, assim, a sua marca registrada, conhecida até hoje e, definitivamente, incorporou à sua obra a partir de 1972. A princípio, a ideia de usar os pés grandes, como forma de sustentação das esculturas, foi reprovada pelo seu pai/mestre, mas não demorou muito para ser aceita pelas pessoas e divulgada pela mídia como uma verdadeira obra de arte.

Antes de seu reconhecimento no universo da modelagem do barro, Beto Pezão fazia esculturas em madeira. Elegeu definitivamente o barro por perceber que esse material lhe oferecia na execução de suas peças “mais intimidade com as mão”. Em sua residência, mantém forno de lenha e um local adequado para estocagem de barro, procedente da terra natal.

Os trabalhos de Beto Pezão já percorreram vários caminhos mundo afora. Realizou a sua primeira exposição no exterior, a convite da Universidade Católica do Chile, país onde retornou para expor outras 5 vezes. Suas obras também são admiradas no México, na Argentina, em Portugal, no Uruguai, no Paraguai, na Venezuela e nos Estados Unidos.

Inconfundível

Na arte popular de Beto Pezão, os temas são variados, mas o seu estilo de como retratá-los, ainda que copiado por muitos artesãos, é único e inconfundível. Além dos pés grandes, suas esculturas, talhadas no barro, possuem traços fortes e detalhes marcantes e nos emocionam pela forma verdadeira de mostrar os sentimentos do povo nordestino. São figuras humanas dos sertões: vaqueiros, mendigos, pescadores, lavadeiras, vendedores, ambulantes e lavradores que expressam nos rostos as adversidades da vida agreste. Além dos sertanejos, outra paixão do artista são as imagens sacras que, igualmente, são sustentadas por imensos pés.

Texto: Ascom/MPE (Foto/projetoatitude1.blogspot.com)

 

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