Por Emerson Sousa *
Como você já sabe, o Produto Interno Bruto (PIB) é soma de todos os bens e serviços finais produzidos em uma região (país, estado ou município) durante um período determinado, geralmente um ano.
Ele mede a atividade econômica e é utilizado como um indicador-chave para avaliar o desempenho econômico de uma nação e o nível de desenvolvimento de sua economia.
Então, desde 1985, ano em que o Brasil retornou à normalidade democrática, depois de uma longa Ditadura Militar, o PIB do país cresceu a uma taxa média de 2,4% ao ano.
Nós podemos dividir esse período em duas fases: a primeira, quando o Partido dos Trabalhadores (PT) governa e a segunda, quando este está fora da condução do país.
Na etapa inicial, que vai de 1985 a 2002 e de 2017 a 2022, estão os mandatos Sarney, Collor, Itamar, Fernando Henrique, Temer e Bolsonaro.
Já na outra, que cobre os anos de 2003 a 2016 e o de 2023, estão os governos Lula e Dilma.
Quando o PT não governa, o PIB brasileiro cresce numa taxa média de 2,3% ao ano e, quando essa agremiação assume as rédeas da economia, essa velocidade vai para 2,5% anuais.
Em seus 15 anos de governo, o PT conseguiu promover um crescimento da economia acima da média da Redemocratização em 9 anos distintos. Já os Não-petistas, o fazem em 12 dos 24 em que eles governaram o país.
Das sete maiores expansões da economia, o PT responde por quatro dessas (2010, 2007, 2004 e 2008), ao passo em que os gabinetes Não-petistas tutelaram as outras três (1985, 1986 e 1994).
Por outro lado, nas sete recessões ocorridas de 1985 a 2023, o PT conduziu três delas (2015, 2016 e 2009) e os Não-petistas o fizeram em quatro oportunidades (1990, 2020, 1992 e 1988).
Há de se notar que os mandatos Não-petistas retornam maiores níveis de crescimento no período anterior ao Plano Real (1994).
Entre 1985 e 1994, a evolução da economia brasileira fica na casa dos 2,8% ao ano, depois dessa data, a taxa média de crescimento fica em 2,0% anuais.
Noutros termos, é possível alegar que, no período em que foram governo, Sarney, Collor e Itamar – o primeiro e o último, a bem da verdade – promoveram uma expansão da economia maior do que aquela realizada por FHC, Temer e Bolsonaro.
Já o PT, que governou o país somente após o Plano Real, propicia um maior crescimento da economia apesar de todos os empecilhos à expansão produtiva criados por esse programa de estabilização
Logo, como vês, os números são claros: na média, o PT permite um maior crescimento da economia brasileira do que suas alternativas eleitoralmente viáveis.
* É doutor em Administração e Mestre em Economia.