Aracaju é só lixo

Cerca 600 toneladas de lixo estão espalhadas pelas ruas, praças e avenidas de Aracaju por conta da greve dos garis e margaridas. A categoria está de braços cruzados desde quarta-feira (4) pela manhã, em protesto pelo atraso do pagamento da cesta básica, vale transporte e do salário de outubro. Em nota, a empresa Torre apelou para que os grevistas retornem ao trabalho, mas uma assembleia, realizada na manhã desta quinta-feira, manteve a paralisação.

Após uma reunião de conciliação na Superintendência Regional do Trabalho, em Aracaju, os líderes dos garis e margaridas coordenadora uma assembleia em frente à empresa Torre e decidiram retornar ao trabalho. No início da noite, o lixo espalhado por toda a cidade começou a ser recolhido.

No início da manhã,  presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Limpeza Pública e Comercial de Sergipe (Sindlimp), Rayvanderson Fernandes, disse que caso a Torre não depositasse até ests sexta-feira (6) os salários de outubro, “poderemos decretar greve por tempo indeterminado”. A direção da empresa informou que o dinheiro referente aos vale transporte e cesta básica já foi depositado e que os salários entram nas contas dos trabalhadores nesta (6).

A greve está afetando principalmente os bairros da periferia e a área dos Mercados Centrais de Aracaju. Em algumas ruas e avenidas é grande quantidade de lixo amontoada nas calçadas e canteiros. Os comerciantes dos mercados, particularmente aqueles que trabalham com refeições, reclamam do forte mau cheiro que exala por toda parte. Apesar da grave situação em que se encontra a cidade e ser em parte responsável pelo movimento por ter atrasado várias faturas a serem pagas à Torre, a Prefeitura de Aracaju não se manifestou oficialmente sobre a greve dos garis e margaridas.

(Texto atualizado nesta quinta à noite)

(Crédito/Minuto Sergipe)