Aracaju está ganhando painéis pintados por artistas sergipanos. Coordenado pela Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), o Festival Colora contempla as categorias artes visuais e arte urbana do Edital Janelas para as Artes, da Lei Aldir Blanc, e tem previsão de conclusão das primeiras entregas para o dia 25 de fevereiro. O projeto contemplou 54 produtos, entre painéis pela cidade, exposições físicas, oficinas, exposições digitais, catálogos digitais, pesquisas e feira de artes urbanas.
Para a construção dos painéis, foram contemplados Centros de Referência de Assistência Social (Cras), Unidades Básicas de Saúde (UBS), Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEF), caixas d’água de bairros e a Estação Cidadania Radialista Carlos Magno, no conjunto Bugio. A construção dos painéis terá, na balança, a identidade do profissional e as características da comunidade.
Impacto positivo
O presidente da Funcaju afirma que o Festival vai ter um impacto extremamente positivo, principalmente após a retomada do cotidiano. “Dentre as várias entregas de produtos artísticos para Aracaju, o Festival Colora é um que especialmente vai trazer cores e alegria às nossas ruas. A cidade será uma imensa galeria a céu aberto, maravilhosamente inundada pelo melhor de nossa produção de artes visuais, selecionada na Lei Aldir Blanc em Aracaju”, afirma Correia.
A população pode acompanhar o andamento de parte das exposições, dentre elas, a construção do painel localizado na Biblioteca Municipal Clodomir Silva, no bairro Siqueira Campos, já demonstra grande avanço no projeto. Márjorie Garrido, uma das proponentes do projeto, explica a ideia condutora da iniciativa. “A proposta foi feita com o intuito de comemorar os 60 anos da biblioteca, construindo um painel com as três personalidades que mais contribuíram para o crescimento do espaço: o jornalista Clodomir Silva, o poeta Santos Sousa e o cordelista João Firmino” explica.
Além da homenagem às personalidades, a artista visual também fala da importância da biblioteca para os aracajuanos. “Quando conversávamos sobre o projeto com a sociedade, as pessoas lembravam da época em que iam constantemente para o espaço. Aqui, na biblioteca, muita gente vinha para ter acesso à leitura, aos estudos, às apresentações variadas, entre outras atividades que o espaço colaborou para a resistência dessa memória afetiva”, analisa Márjorie, que encabeça o projeto junto a Fernando Marinho e Gladston Barroso.
No bairro Grageru, o painel na UBS Dona Sinhazinha também já possui esboços visíveis para a sociedade. O artista visual Diego Carozo, autor da obra, ressalta a importância da medicina e dos profissionais de saúde para toda a sociedade. “A proposta foi iniciada com o intuito de trazer a reflexão referente à pandemia, à valorização dos médicos e até ao racismo estrutural. Esperamos que a obra tenha um impacto na sociedade e que traga alguma reflexão para a sociedade”, afirma Carozo.
Fonte e foto: Secom/PMA