A Prefeitura de Aracaju questionou a Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) onde coloca as cerca de 600 toneladas de lixo coletadas diariamente na capital. A pergunta decorre da ameaça feita pelo presidente da estatal, Gilvan Dias, de cassar a licença ambiental do aterro sanitário da empresa Estre, localizado em Rosário do Catete. “Se a licença for mesmo cassada e a Adema não indicar outro local para a colocação do material coletado na capital, teremos um sério problema de saúde pública”, alerta Luiz Roberto, presidente da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb).
O presidente da Adema revelou que pretende cassar a licença porque a planta do aterro sanitário não cumpre as exigências ambientais. “Acredito que essa cassação ocorra no início de março ou ainda este mês. Isso é uma questão técnica e já está definido. Chegamos à conclusão que, da forma como está, não dá para continuar”, afirmou Gilvan Dias. Segundo ele, existem reclamações antigas e recorrentes dos moradores sobre o mau cheiro que predomina na região do aterro, atingindo áreas residenciais de Rosário do Catete.
Conforme Luiz Roberto, a questão é que o Ministério Público Estadual proibiu o funcionamento de dois novos aterros sanitários no interior de Sergipe. O presidente da Emsurb prossegue afirmando que a Adema precisa esclarecer ou orientar sobre como se dará a destinação adequada das 600 toneladas de resíduos recolhidas em Aracaju. Na tentativa de encontrar uma alternativa para o grave problema que se avizinha, a empresa municipal já acionou a sua procuradoria jurídica para tomar as providências cabíveis e solicitará à Estre Ambiental esclarecimento detalhado sobre a situação.
Foto: Emsurb