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As universidades e institutos federais são bastiões do conhecimento e da inovação

Por Lucindo Quintans Júnior*

As universidades e institutos federais do Brasil são verdadeiros sobreviventes de um período de intenso massacre orçamentário e administrativo, especialmente sob os governos de Michel Temer e, com maior requinte de perversidade, Jair Bolsonaro. Durante esses anos, vimos nossas as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) sofrendo cortes severos que ameaçaram sua própria existência. No entanto, mesmo em face dessa adversidade, as IFES demonstraram resiliência e continuaram a lutar por sua missão de promover a educação e a pesquisa de qualidade.

Os orçamentos atuais são, de fato, restritivos, mas há uma mudança significativa no diálogo e no respeito às pautas das IFES por parte do Ministério da Educação (MEC). É fundamental destacar que as narrativas que pintam docentes e funcionários como avessos ao diálogo sobre produtividade são inverídicas, perversas e faltam com a verdade. As IFES estão, sim, abertas a discussões sobre produtividade e eficiência. Os processos de progressão na carreira dentro dessas instituições são rigorosos, baseados em avaliações quantitativas e qualitativas de suas produções acadêmicas e científicas, algo que deveria servir de exemplo para o Congresso e o Judiciário.

O que se observa, portanto, é uma injustiça quando se culpa as universidades por supostos desperdícios ou falta de comprometimento. Nossos docentes e funcionários têm mostrado disposição para o diálogo e para encontrar soluções que permitam continuar oferecendo ensino e pesquisa de qualidade, mesmo com recursos limitados. É importante que se reconheça o papel vital que as IFES desempenham no desenvolvimento do país e que se cesse a demonização de seus profissionais, que continuam a trabalhar arduamente em condições adversas.

Assim, enquanto muitos setores resistem a mudanças e avaliações de produtividade, as IFES já implementam essas práticas há muito tempo. Talvez seja hora de outras esferas do poder público olharem para esse exemplo e adotarem medidas similares. Afinal, a educação é um pilar fundamental para o progresso de qualquer nação, e aqueles que nela trabalham merecem não apenas respeito, mas também o apoio necessário para continuar sua missão essencial.

Com um orçamento apertado, mas com um horizonte de maior diálogo e respeito, as universidades e institutos federais seguem firmes, provando que são mais do que sobreviventes – são verdadeiros bastiões do conhecimento e da inovação.

Assim, o texto do jornalista Sardenberg  (“A destruição das universidades federais” acessível em: https://oglobo.globo.com/opiniao/carlos-alberto-sardenberg/coluna/2024/06/a-destruicao-das-universidades-federais.ghtml?giftId=a89fd7313a148b1&utm_source=Whatsapp&utm_medium=Social&utm_campaign=compartilharmateria), publicado no O Globo (publicação que adora demonizar as universidades e institutos), que mais parece uma fala do, no mínimo, esquisito Abraham Weintraub (considerado por muitos como o pior ministro da educação da história do Brasil) precisa ser lido com um filtro de razoabilidade que permita diferenciar pautas de sindicatos (pautas essas, em sua maioria, justas e necessárias; mesmo sem detalhar o questionável modus operandi desses sindicatos que se aparelham politicamente, atuando à revelia da maioria da comunidade acadêmica em benefício de poucos) do imprescindível papel das IFES, sob pena de não propagar fake News e demonizar bastiões da sociedade brasileira que prestam, historicamente, serviços inestimáveis para o desenvolvimento do país. As IFES melhoram, a cada dia, em indicadores e resultados para sociedade, mesmo nadando contra a maré, mas já alguns jornalistas… Já foram melhores.

*Prof. Dr. Lucindo Quintans Júnior. Farmacêutico e Professor Titular no Departamento de Fisiologia da Universidade Federal de Sergipe.

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