O governo de Sergipe reavaliou os processos de privatizações e não pretende fazer uma desova de ativos. O acordo em andamento entre o Banese e o Banco de Brasília foi interrompido e a administração prevê agora uma injeção de R$ 200 milhões nos próximos quatro anos. Esta informação é do jornal Valor Econômico.Controlador do banco sergipano, o governo estadual disse ao jornal paulsta que as negociações com o BRB não foram finalizadas e que a proposta vinculante enviada pelo banco de Brasília expirou.
“Eu suspendi essa operação e fiz um aporte no banco. O momento do mercado não é comprador e não tenho a intenção de vendê-lo”, disse o governador do Sergipe, Fábio Mitidieri (PSD) ao jornal Valor Econômico.No ano passado, o Banco de Brasília (BRB) apresentou uma proposta para comprar fatia do Banco do Estado de Sergipe (Banese). A proposta do BRB foi comprar uma fatia do banco, que continuaria tendo o Estado de Sergipe como acionista majoritário.
Lucro de R$ 13,7 milhões no trimestre
O Banese registrou um lucro líquido de R$ 13,7 milhões no primeiro trimestre deste ano, valor 14,2% maior que o alcançado no mesmo período de 2022. Segundo a direção do banco estatal, o resultado é fruto, principalmente, do crescimento das operações de crédito para pessoas físicas, das ações para recuperação de créditos vencidos junto ao banco e do aumento das receitas de aplicações financeiras.
Os ativos totais do banco chegaram a R$ 8,5 bilhões no período, 9,2% maior que no trimestre imediatamente anterior. O banco também ampliou o total de recursos captados, que chegou a R$ 7,5 bilhões após os três primeiros meses do ano, um acréscimo de 10,3% neste período.
“As equipes do Banese estão se aproximando ainda mais dos sergipanos para apoiar as necessidades dos clientes, seja ampliando as oportunidades de crédito ou ofertando boas condições para a negociação de dívidas. Esse é o caminho que estamos trilhando: estar perto dos clientes para que possamos crescer juntos”, destaca o presidente do banco, Marco Queiroz.
Patrimônio também cresceu
Já as receitas totais do banco variaram positivamente em 23,8% nos últimos doze meses e, com o desempenho, o patrimônio líquido da instituição cresceu 6,3% neste mesmo período. Em março deste ano, o Conselho de Administração do Banese aprovou o aumento de capital em aproximadamente R$ 36 milhões por meio da emissão de novas ações que serão subscritas pelo acionista majoritário, o Governo de Sergipe, e demais acionistas.
“O reforço de caixa fortalece a estrutura de capital para alavancar a estratégia de crescimento da companhia, com a disponibilização de mais recursos para operações de crédito, assim como com a continuidade dos investimentos em infraestrutura e tecnologia, para melhorar a disponibilidade dos nossos canais de atendimento”, explica Marco Queiroz.
Ampliação do crédito
A carteira de crédito do Banese chegou a R$ 3,6 bilhões, o que significa um crescimento de 3,1% na comparação com trimestre anterior e de 5,8% nos últimos 12 meses. O crédito comercial voltado para pessoas físicas teve um aumento de 18,2% no ano e de 7,4% no trimestre, em decorrência, sobretudo, das operações consignadas.
Os números são frutos das ações estratégicas para ampliar a contratação de crédito nos canais de autoatendimento e nos Correspondentes no País, os Pontos Banese. O Banese mantém a liderança do mercado de crédito de livre destinação em Sergipe, com 34,1% de participação, segundo dados do Banco Central do Brasil.
A carteira de crédito de desenvolvimento, voltada para os setores rural, imobiliário e de financiamento, também teve um incremento de 4% nos últimos 12 meses, resultado, principalmente, da ampliação do crédito para os produtores rurais de todas as regiões do estado e para o setor imobiliário.
Com informações do jornal Valor Econômico e do Banese