O governo federal precisa que pagar os salários dos empregados de bares e restaurantes por até três meses para que os empregos sejam preservados, diante da pandemia de coronavírus. Quem pensa assim é Paulo Solmucci, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Ele sugere que sejam usados recursos do seguro-desemprego para custear a folha de pagamento das firmas.
Segundo Solmucci, prefeitos e governadores têm avaliado a possibilidade de fechar bares e restaurantes para reduzir a circulação de pessoas, visando reduzir a propagação do coronavírus. Pela proposta da Abrasel, o governo federal permitiria a suspensão dos contratos de trabalho vigentes e autorizaria o pagamento de seguro-desemprego por até 90 dias. “A gente tá propondo que essa autorização tenha validade de 60 dias, prorrogável por mais 30 dias”, afirma Paulo Solmucci.
Medidas insuficientes
O presidente da Abrasel disse que a decisão do governo de liberar as empresas de pagar por três meses o FGTS e impostos do Simples é insuficiente. Segundo ele, a mais importante, do FGTS, precisa de aprovação do Congresso. “As medidas eram positivas quando a gente esperava que os bares e restaurantes ainda ficariam abertos, com queda de até 50% do faturamento. Agora, com essa situação de crise, fechando as portas, as empresas vão quebrar. É uma situação dramática”, reclama Solmucci.
Os bares e restaurantes brasileiros devem cortar até 3 milhões de empregos nos próximos 30 a 40 dias, segundo estimativas do presidente da Abrasel, Paulo Solmucci. O representante dos donos de restaurantes afirma que o faturamento do setor, que tem cerca de 6 milhões de postos de trabalho, caiu a praticamente zero nos últimos dois dias e que não há recursos para cobrir a folha de pagamento.
Com informações do Uol (foto: Portal Desfrute Cultural)