Existe um consenso para que as eleições municipais deste ano sejam adiadas por algumas semanas em função da pandemia do coronavírus. A revelação é do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Há um certo consenso médico de que o adiamento das eleições por algumas semanas é bom, mas todos concordam que é possível fazer neste ano porque nos primeiros meses de 2021 o quadro epidemiológico vai estar muito semelhante”, disse ele.
De acordo com o ministro Barroso, que afirma ter consultado médicos e epidemiologistas, existe uma “preocupação democrática” para que o pleito ocorra ainda em 2020 e evite o prolongamento dos mandatos de prefeitos e vereadores. “É razoável esperar que o processo eleitoral possa se desenrolar entre meados e o final de novembro e as primeiras semanas de dezembro”, disse o presidente do TSE.
Barroso destacou ainda a necessidade da aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para alterar a data das eleições. Questionado, ele nega a possibilidade de prorrogar o segundo turno do pleito para janeiro de 2021. “Temos que resolver em dezembro”, pontuou ele ao citar o dia 20 de dezembro como uma “data limite” estabelecida pela Justiça Eleitoral.
Álcool estraga a urna
O presidente do TSE contou ainda que será preparada uma cartilha para orientar os eleitores a respeito do processo de votação em meio à pandemia. “Não se pode passar álcool em gel e colocar o dedo nas urnas, porque estraga o equipamento. Vamos ter que pensar em um mecanismo para que haja a higienização [da urna] imediatamente após a votação”, afirma Barroso.