Produtores de laranja da região Sul de Sergipe serão atendidos por um projeto de combate a pragas e de resgate sustentável da citricultura financiado pelo Banco do Nordeste (BNB). A iniciativa intitulada Rede Citrus deve beneficiar 60 agricultores, com recursos na ordem de R$ 463 mil do Fundo de Desenvolvimento Econômico, Científico, Tecnológico e de Inovação (Fundeci). O projeto deve ser iniciado no primeiro semestre deste ano.
O objetivo do projeto é investir no controle das principais pragas que atingem pomares citrícolas nos municípios de Estância, Santa Luzia do Itanhy, Indiaroba, Umbaúba, Cristinápolis e Tomar do Geru. A realização é da Cooperativa de Produção, Comercialização e Prestação de Serviços dos Agricultores Familiares de Indiaroba e Região (Cooperafir).
A secretária administrativa da Cooperafir, Ana Gomes, explica que a parceria inédita com o Banco é importante para recuperar a atividade econômica. “Nosso principal produto é a laranja, mas o número de produtores atuantes estava caindo por causa das pragas. Então o projeto vem para auxiliar os agricultores e impulsionar novamente a produção”, diz.
Manejo sustentável
No projeto, está prevista uma série de diagnósticos participativos nas áreas de produção para identificar tecnologias adequadas a cada realidade. A cooperativa planeja colocar em prática ações integradas de manejo sustentável, para restabelecer o equilíbrio ecológico dos pomares e fortalecer a citricultura na região.
Segundo o agente de desenvolvimento da agência do BNB em Estância, Djalma Cardoso, o projeto foi estruturado há dois anos pela equipe da cooperativa. “A instituição tem a experiência necessária para dar andamento às atividades. A expectativa é de uma relação proveitosa para todos, com benefícios para a citricultura e suporte ao pequeno produtor, em áreas onde já trabalhamos”, afirma.
As ações de controle de pragas devem melhorar os resultados econômicos da produção de frutas cítricas no Sul de Sergipe. “Por muito tempo, a laranja foi uma das principais culturas do estado, mas o avanço de pragas levou prejuízos à produção e muitos agricultores familiares até deixaram de investir na citricultura. Então este projeto aponta um caminho importante, que se soma a outros atores, no sentido de resgatar a produtividade e tornar a atividade econômica mais sólida”, explica o gerente executivo de desenvolvimento territorial do BNB, Lenin Falcão.
O edital
Lançado em julho de 2022, o edital registrou 127 projetos inscritos e 20 classificados em toda a área de atuação do BNB, que compreende os nove estados do Nordeste e o Norte de Minas Gerais e Espírito Santo. As ações devem ser realizadas entre 12 e 24 meses, após assinatura de cada convênio.
Os recursos não reembolsáveis apoiam instituições públicas e privadas sem fins lucrativos, para difusão de tecnologias em atividades econômicas priorizadas nos territórios atendidos pelo Programa de Desenvolvimento Territorial do Banco do Nordeste (Prodeter) ou pelo Plano Agronordeste do Governo Federal. Entre as atividades beneficiadas, estão bovinocultura leiteira, fruticultura irrigada, ovinocaprinocultura, bananicultura, mandiocultura, caprinocultura leiteira, bovinocultura de corte, cultura de cítricos, coco e cacau, entre outras. A lista dos projetos selecionados está disponível no portal do BNB.
Fonte: Ascom/BNB (Foto: Governo de Sergipe)