Os guarda-vidas do Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe têm permanecido em pontos estratégicos da Orla de Aracaju neste período de festas para alertar os banhistas sobre os locais mais perigos: Praia dos Artistas, na Coroa do Meio, e nos Arcos da Atalaia, onde há pontos fixos. No interior do Estado, as praias da Caueira e de Pirambu são consideradas perigosas. O major do Corpo de Bombeiros Carlos Alves diz que as pessoas devem ficar em alerta para as placas indicando perigo que são colocadas pela corporação em diversos pontos.
Como não será possível aumentar o efetivo de Bombeiros, Carlos Alves explica que essa estratégia de colocar pontos fixos vem dando certo. No entanto, não basta somente esperar pelos guarda-vidas do Corpo de Bombeiros. As pessoas devem ficar atentas e tomar cuidado. “Lamentavelmente, isso não ocorre. Elas olham a placa, mas, mesmo assim, vão se banhar naqueles locais”, comentou.
Os guarda-vidas, ressalta o major, não ficam caminhando pela praia, mas fixos. Em caso de necessidade é que eles fazem o deslocamento. Por conta do verão, eles ficarão mais tempo na praia. O que diferencia uma praia ser mais perigosa que a outra é a formação de valas e da placa continental marítima que indica ser funda ou não.
No caso da Praia dos Artistas, o perigo é que ali é o encontro do Rio Sergipe com o mar, o que contribui para formação de valas, com água turbulenta, muito forte. “Com essa formação de valas, o banhista acaba se afogando”, contou o oficial.
Cartilha
De janeiro até o dia 27 de dezembro, 48 pessoas morreram afogadas em Sergipe, sendo que destas, apenas quatro na Praia da Atalaia. De acordo com o major Carlos Alves, o número é considerável, por isso a corporação vai elaborar uma cartilha dando orientação aos banhistas.
Felizmente, o número de pessoas salvas este ano é maior que as mortes. Foram 155 salvamentos feitos pelos guarda-vidas, de janeiro até o dia 27. Outras 30 foram atendidas nos mais variados casos: criança perdida, alguém que teve um mal súbito e com irritações na pele por causa de água viva.
Fonte: Jornal da Cidade