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22 de janeiro de 2025
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Brasil registrou uma morte por homotransfobia a cada 30 horas

Além dos casos de mortes confirmados, outros 32 estão sob investigação

Em 2024, o Brasil continuou ocupando a posição de líder mundial em homicídios e suicídios de pessoas LGBT+. Durante o ano, foram contabilizadas 291 mortes violentas, um aumento de 8,83% em relação a 2023, quando ocorreram 257 casos. Isso corresponde a uma pessoa LGBT+ morta violentamente a cada 30 horas. Entre as vítimas, 273 foram assassinadas e 18 tiraram a própria vida. No ano passado, Sergipe registrou quatro mortes por homotransfobia.

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Os dados foram divulgados pelo Grupo Gay da Bahia (GGB). A organização LGBT+ mais antiga da América Latina realiza monitoramento de violência contra essa população desde 1980, totalizando 45 anos de trabalho.

Segundo o GGB, a pesquisa baseia-se em informações coletadas da mídia, redes sociais, blogs e denúncias enviadas diretamente à ONG. No entanto, a ausência de estatísticas governamentais sobre crimes de ódio contra LGBT+ reflete, na visão da organização, a negligência do Estado, que não implementa políticas públicas para financiar ou incentivar a produção de dados específicos. Como resultado, os números apresentados são subnotificados, representando apenas uma fração da realidade.

Além dos casos confirmados, outros 32 estão sob investigação. Caso sejam validados como relacionados à violência contra pessoas LGBT+, o total de mortes violentas poderá chegar a 323.

A distribuição por região das mortes violentas, por sua vez, manteve Sudeste e o Nordeste ( ambas com 34,02%) na liderança dos registros de mortes violentas contra pessoas LGBT+, mantendo a tendência observada no ano anterior. Juntas, as duas regiões somaram 198 casos, enquanto as demais (Norte, Centro-Oeste e Sul) contabilizaram 93, menos da metade do total de homicídios homotransfóbicos ocorridos no Sudeste e Nordeste.

Das 291 mortes violentas de pessoas LGBT+ registradas em 2024, são 165 gays, 96 travestis e mulheres trans, 11 lésbicas, 7 bissexuais e 6 homens trans. Também foram contabilizados 6 heterossexuais, vítimas de homotransfobia por serem confundidos com LGBT+, defenderem membros da comunidade ou estarem associados a espaços de socialização LGBT+.

Confira o relatório na íntegra.

Fonte: Site Revista Fórum (Foto: CUT)

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