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Caatinga ganha a 1ª Cooperativa de Créditos de Carbono

Associação é um importante para a valorização e preservação do bioma

A Associação de Produtores de Crédito de Carbono Social do Bioma Caatinga está sendo implantada no entorno do Cânion do Rio São Francisco, nas divisas de Sergipe, Alagoas, Bahia e Pernambuco. O ato de criação da entidade ocorreu esta semana, numa reunião híbrida (on-line e presencial) realizada na cidade alagoana de Delmiro Gouveia. “Este é um passo muito importante para a valorização, reconhecimento e preservação do bioma caatinga”, enfatiza Haroldo Almeida, presidente eleito da Associação.

A Associação é composta por pessoas que possuem áreas preservadas no bioma Caatinga, e também técnicos comprometidos com o desenvolvimento de projetos de Crédito de Carbono Social – incorporando o conceito de justiça climática e abrangendo mecanismos de redução de desigualdades, economia regenerativa, mercado de carbono, serviços ambientais, recuperação de ecossistemas e proteção da biodiversidade.

Referência para o Brasil

Após discussões, reuniões e oficinas, com participação de dezenas de lideranças locais e especialistas de diversas áreas, ficou definida a criação desta inovadora cooperativa, que já desponta como uma referência que pode ser replicada em outros biomas do Brasil. A nova Associação terá apoio do Lab. de Economia Regenerativa do rio São Francisco, que está sendo estruturado em Paulo Afonso (BA), no âmbito do Projeto HidroSinergia.

A Associação vai levantar o estoque de carbono  (Clique na imagem para ampliar- foto Wikimedia Commons)

Na abertura da reunião, Haroldo Almeida, Sérgio Xavier, Fabiana Couto e Pedro Soares Neto falaram sobre os desafios e potencialidades da Associação, destacando a importância de ações cooperativas para a preservação do bioma Caatinga, o enfrentamento às mudanças climáticas e o desenvolvimento de uma nova economia inclusiva e regenerativa no semiárido. Em seguida, todos os participantes, em coro, declararam “Está fundada a Associação”; discutiram, ajustaram e aprovaram o Estatuto e elegeram a primeira diretoria, que terá dois anos para desenvolver e consolidar a iniciativa.

Prioridades da Associação

Entre as prioridades iniciais destacam-se (1) Levantamento do estoque de carbono das áreas preservadas dos associados; (2) Modelagem do cálculo de captura de carbono, agregando valor social e mecanismos de justiça climática, visando redução de desigualdades; (3) Levantamento de áreas desmatadas para regeneração; (4) Construção do modelo colaborativo de gestão dos créditos de carbono e aplicação das respectivas receitas; (5) Articulação de compradores de créditos de carbono e de serviços ambientais, comprometidos com o desenvolvimento inclusivo e regenerativo do bioma.

Também são prioridades da Associação (6) a realização de estudos (que serão desenvolvidos no Lab.) para agregar diversos eixos de Economia Regenerativa, visando geração sustentável de renda e empregos verdes, como: Rede Cooperativa de Produção de Energia Solar, sementeira para produção e plantio de espécies nativas, ecoturismo, escolas de sustentabilidade e sistemas integrados de reciclagem; (7) Contribuir na difusão do conceito de Crédito de Carbono Social do Bioma Caatinga e Justiça Climática.

“A Associação está alinhada com os conceitos mais arrojados de desenvolvimento regenerativo e conseguiu reunir um conjunto impressionante de forças e de conhecimentos, tornando-se uma referência inspiradora para outros biomas do Brasil”, ressalta Sérgio Xavier, articulador do Lab. de Economia Regenerativa.

Fonte: Portal Penotícias

 

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