A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) aprovou a cessão de 50% das ações da ExxonMobil, dos oito blocos da Bacia de Sergipe-Alagoas, para a Brava (junção entre 3R e Enauta). O valor da operação não foi divulgado.
Com a cessão dos outros 20% da Murphy Oil, a Brava passa a ter 100% das ações dos blocos. Anteriormente, ela detinha 30%. A operação ainda precisa ser aprovada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Os blocos ainda estão em fase de exploração, na qual as empresas podem perfurar até 11 poços, segundo licença ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) válida até 2027.
A perfuração do primeiro poço no bloco começou em fevereiro de 2022. No mês seguinte, a petroleira informou que um dos poços perfurados em águas profundas não tinha indícios de petróleo ou gás natural.
O presidente-executivo da Murphy, Roger Jenkins, disse, em apresentação aos investidores, que a área tem potencial de recursos brutos entre 500 milhões e 1,050 bilhão de barril equivalente de petróleo (boe). Na época, a Enauta respondeu que a estimativa “foi elaborada pela Murphy Oil de maneira unilateral anteriormente ao início da perfuração”.
Blocos autorizados
Os blocos autorizados pelo CADE são: SEAL-M-351, SEAL-M-428, SEAL-M-430, SEAL-M-501, SEAL-M-503, SEAL-M-505, SEAL-M-573 e SEAL-M-575. Esses ativos foram adquiridos nas 13ª, 14ª e 15ª rodadas de licitação e nos ciclos de Oferta Permanente da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Até o momento, apenas um poço foi perfurado nesses blocos. A ExxonMobil, então operadora, concluiu a perfuração e avaliação final do poço exploratório no bloco SEAL-M-428 (prospecto Cutthroat), denominado 1-EMEB-3-SES, sem identificação de hidrocarbonetos.
Fontes: Sites (eixos) e Petronotícias