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Cade sugere rejeitar compra da Plamed pela Hapvida

A Hapvida comprou a Plamed em 2019 por R$ 57,5 milhões

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pediu ao tribunal do órgão para rejeitar a aquisição pela companhia Hapvida da totalidade da carteira de contratos de cobertura de serviços de assistência à saúde celebrados pela Plamed com beneficiários de planos de saúde médicos e hospitalares. Matéria do Valor Econômico revela que agora a operação financeira deverá ser analisada pelos sete integrantes do tribunal.

A Hapvida comprou o Plano de Assistência Médica (Plamed) por R$ 57,5 milhões, em dezembro de 2019. Em nota dirigida à época aos acionistas e ao mercado, a Hapvida informou ter sido assinado protocolo de entendimentos para transferência voluntária do plano, que tem uma carteira de cerca de 31 mil beneficiários localizados majoritariamente na região de Aracaju e municípios vizinhos. O Plamed pertencia ao ex-deputado estadual Luiz Mitidieri (PSD).

A transação envolve planos de saúde, pois a Plamed atua nesta área em Sergipe, na Bahia e em Alagoas. Já a Hapvida comprou imóvel dessa empresa onde está localizada a Clínica São Camilo, em Aracaju, e os equipamentos que ali se encontram. O Valor Econômico informa, ainda, que a Hapvida foi apontada como uma operadora de planos de saúde com atuação nacional, com predomínio de participação de mercado na região Nordeste. “Já a Plamed tem sua atuação bastante concentrada em Sergipe”, escreve o jornal.

Impactos do negócio

O órgão antitruste examinou os possíveis impactos do negócio nessas áreas  e constatou que envolveriam ampliação da empresa compradora contra concorrentes dela nesta área. “Entendeu-se pela impossibilidade de adoção de um remédio que restabelecesse o bem-estar dos consumidores, uma vez que tais restrições, na forma da alienação de parte da carteira de beneficiários da Plamed, representariam alta probabilidade de um decréscimo no nível de rivalidade efetiva atualmente existente, não sendo suficientes para mitigar os incentivos para evitar eventual abuso unilateral de posição dominante por parte da Hapvida”, alegou o órgão antitruste. “Conclui-se pela impugnação do presente ato de concentração ao Tribunal do Cade, com recomendação de rejeição”, ressaltou a Superintendência.

 

 

 

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