O comportamento de risco, principalmente a falta do uso de preservativo, tem causado o aumento do número de casos de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Segundo dados do Ministério da Saúde, a taxa de detecção da doença adquirida por 100 mil habitantes passou de 25, em 2014, para 75,8 em 2018. As notificações de HIV chegaram a 43,9 mil novos casos em 2018, principalmente entre homens de 25 a 39 anos. Entre os quatro tipos de hepatites, foram 45.410 casos em 2018, sendo a tipo C a mais recorrente, com 12,6 casos para cada 100 mil habitantes.
Para prevenir o surgimento de novos casos de IST, o Ministério da Saúde lançou a campanha para evitar o comportamento de risco, com foco nos jovens de 15 a 29 anos. O lema é “Usar camisinha é uma responsa de todos”. As peças da campanha usam a linguagem da batalha de poesia (Poetry Slam) e serão veiculadas em TVs abertas e por assinatura, em rádio, na internet, no cinema e na mídia exterior.
O Ministério da Saúde informou que com o avanço das pesquisas e da ciência, as pessoas começaram a viver com o HIV e trabalhar a carga viral, portanto diminuiu muito o número de mortes provocadas pela AIDS e, com isso, o uso da camisinha nas relações sexuais. Em função disso, doenças sexualmente transmissíveis que se conseguia proteger em nome do HIV subiram.
A sífilis, com 18 casos por hora, um caso a cada três minutos, fora a subnotificação que é muito grande, é um número assustador em qualquer lugar do mundo. Nós temos formas de gonorreia hoje resistente a todos os antibióticos, uma doença que causa a infertilidade. A hepatite C, a partir de 2014 a gente começou a fazer a testagem, então o número de casos foi lá para cima.
Fonte e foto: Agência Brasil