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Campus do Sertão busca conscientizar sobre alimentos

Uma inadequada higiene pessoal e o consumo de alimentos contaminados estão entre os causadores das doenças transmitidas por alimentos, as DTA. Para conscientizar a população acerca dos perigos que os alimentos podem conter um projeto de extensão do Campus do Sertão da UFS leva conhecimento para as salas de aula de escolas do município de Nossa Senhora da Glória. A ação atendeu 710 alunos do ensino fundamental e promoveu atividades lúdicas, como apresentação teatral e brincadeiras para fixação do conhecimento.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que as DTA são responsáveis por hospitalizar milhões de pessoas todos os anos. Só em 2010, 600 milhões ficaram doentes. O dado mais alarmante é que houve aproximadamente 400 mil mortes em todo o globo. E as crianças abaixo de 5 anos respondem por 125 mil óbitos, ou seja, quase 30% do total.

O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) afirma que, no Brasil, são notificados, em média, 700 surtos de DTA por ano, sendo 13 mil doentes e 10 óbitos. Já em Sergipe, os dados mostram que foram notificados 24 surtos entre 2007 e 2010.

A coordenadora do projeto, Natália Nespolo, do Núcleo de Medicina Veterinária do Campus do Sertão, acredita que trabalhar com a conscientização de crianças e jovens é o caminho para reduzir esses índices.

“Elas [crianças] absorvem o conhecimento e crescem com ele. Assim, irão evitar que essas doenças ocorram. Além de serem grandes disseminadoras de conhecimento. Elas chegam em casa e falam: ‘mamãe, aprendi isso hoje e não pode fazer isso’. Isso ajuda na prevenção e diminuição dos casos”, explica a docente.

A falta de informação, assim, é um dos fatores que explicam as altas ocorrências de DTA, explica Natália. Para ela, isso se dá porque os sintomas que aparecem num indivíduo com a doença é generalista, ou seja, é comum sentir náuseas, dor de barriga, vômito e febre. De acordo com ela, as pessoas não procuram atendimento médico e acabam confundindo as DTA com uma virose.

“Às vezes o médico não faz a investigação ou a própria pessoa não fala que comeu algo específico que tenha ligação com o sintoma. Dessa maneira, isso acaba se passando como uma virose. Logo, não tem o diagnóstico e, assim, fica difícil a notificação”, salienta.

O projeto conta com a participação dos alunos bolsistas do campus do Sertão: Ingrid Rhayane, Rodolfo Fabrício, Francisco José Santos e Ana Paula de Freitas.

(Fonte: Ascom/UFS)

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