Um dos cultivos pioneiros nos lotes do Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco, no semiárido de Sergipe, o quiabo tem presença forte na tradição culinária dos brasileiros, sem contar que é nutritivo, tem alta concentração de fibras, sais minerais e as vitaminas A e B1. A maior parte da produção anual, cerca de 12 mil toneladas avaliadas em R$ 12 milhões, é exportada para Salvador e Feira de Santana, na Bahia.
Há 30 anos produzindo hortaliças no Perímetro Califórnia, o agricultor Manoel Cassiano reservou parte da sua propriedade para plantar quiabo. Segundo ele, cerca de 30 sacos são colhidos por semana na sua área. “Essa quantidade pode variar, assim como os preços. Tudo depende da época”, afirma. Na Semana Santa e nos dias que antecedem a homenagem a São Cosme e São Damião, as vendas e o preço sabem muito por causa prato típico da região feito à base de quiabo.
De acordo com Luís Roberto Vieira, o técnico agrícola da Cohidro, estatal responsável pelo perímetro, o quiabo se tornou tradicional em Canindé, mas ele adverte que os agricultores precisam tomar cuidado com a praga do Nematoide. “O uso de inseticidas é essencial, desde que assistido pelos técnicos profissionais”, orienta. A cultura do quiabo ocupa cerca de 500 a 600 hectares dos lotes do perímetro irrigado do Projeto Califórnia.