Pela segunda vez, a poesia do escritor, jornalista e publicitário Carlos Cauê foi apresentada em livro para o público sergipano. O lançamento de ‘Tempo das Esperas’ ocorreu na noite da última quarta-feira, 17, no Museu da Gente Sergipana, e contou com a presença de autoridades, artistas e imprensa, além de amigos e familiares do autor.
Na noite de lançamento, o público também acompanhou um recital com poemas da nova obra. “Trata-se de um momento sublime estar reunido com tanta gente querida e apresentar a minha produção poética deste novo livro, dividindo o que escrevi durante um período tão marcante para a nossa sociedade que foi a pandemia da Covid-19. Trago no livro essas reflexões do período e do depois”, ressalta.
O prefeito da capital sergipana e amigo de Cauê, Edvaldo Nogueira, esteve presente para prestigiar o evento. “Foi com grande satisfação que acompanhei o lançamento de mais uma bela obra de Carlos Cauê. ‘Tempo das Esperas’ reflete a alma de um ser humano brilhante, um intelectual, de inteligência rara, que é Cauê, e com quem tenho a felicidade de partilhar mais de 40 anos de amizade. Nos conhecemos desde 1981, quando começamos juntos o PCdoB, o movimento estudantil e, já naquela época, o talento do grande poeta Cauê era algo muito marcante. Portanto, além da grande amizade e do carinho pessoal, tenho por ele uma grande admiração e fico muito feliz por acompanhar mais este importante momento em sua vida”.
Entre as autoridades presentes, também estava a deputada federal Katarina Feitoza, que destacou a obra e a trajetória de Cauê. “Foi uma grande alegria participar do lançamento de ‘Tempo das Esperas’, novo livro do talentoso Carlos Cauê. Tenho grande admiração pela forma como ele nos alcança com suas palavras e sua forma de fazer poesia. Transitando entre temas atuais, como a pandemia, e questões existenciais do homem, não tenho dúvidas de que, mais uma vez, seus versos nos brindarão com reflexões profundas e oportunas, nos levando a um lugar de encontros, aprendizados e esperança”, destaca.
O livro
‘Tempo das Esperas’ reúne a produção poética de Carlos Cauê, nos últimos anos, inclusive do período da pandemia causada pela Covid-19. A obra está dividida em quatro partes: eis o homem, tempo, pausa e das esperas. O livro é dividido em quatro partes e cada uma reflete sobre um tema específico. Na primeira parte, ‘eis o homem’, fala sobre a condição do homem e as suas relações com o próprio homem, com Deus, com o próximo. É uma temática existencial, que lida com a condição humana. Na segunda, a relação com o tempo é enfatizada. A terceira parte, intitulada de ‘pausa’, aborda o dilema da vida e da morte que foi imposto durante a pandemia, a inquietação do homem neste período. Já a quarta e última, traz o tempo das esperas, como um aceno de esperança, do por vir. Da necessária capacidade do homem para continuar vivendo e levando a sua vida e sua luta adiante.
O livro tem prefácio de Ronaldson Sousa e apresentação de João Augusto Gama. A capa é de Ronaldson e Rafael Balthazar, a partir da obra “A criação de Adão” (1511), de Michelangelo, sobre a qual Ronaldson criou as ilustrações do livro. A diagramação é de Adilma Menezes.
Sobre Cauê
Carlos Cauê é alagoano de Maceió, apaixonou-se por Aracaju ao ingressar na Universidade Federal de Sergipe (UFS), no início dos anos 1980. Recebeu os títulos de cidadão aracajuano e sergipano. Especializou-se em Marketing Político, comandando diversas campanhas eleitorais em Sergipe. Na gestão pública sergipana, foi presidente da Fundação Cultural de Aracaju e secretário da Cultura de São Cristóvão, quando recriou o Festival de Arte de São Cristóvão (Fasc). Foi secretário da Comunicação do Governo de Sergipe e da Prefeitura de Aracaju.
Este é o segundo livro de poemas lançado por Cauê. Em 2014, o autor apresentou o livro ‘Amorável’. Além destas produções, publicou os livros de contos ‘Contos de Vida e Morte’, em 1999, e, em 2021, ‘Sinfonia da Desesperança’, ambientado na pandemia. Além disso, na dramaturgia, teve duas peças encenadas: em 2004, ‘Viva – A Vida em um Ato’, e, em 2023, ‘Passatempo’.
Fotos: Maria Odília