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Carros populares ficam 45% mais caros

As vendas globais de veículos devem aumentar 13,54% agora em 2024

Já é comum ouvir que o carro popular não é mais, de fato, popular. Também é o que mostram os números. Segundo levantamento feito pelo economista Matheus Peçanha, do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas(FGV/IBRE), os três principais carros de entrada ficaram 45,6% mais caros, em média. Isso, de 2019 para 2023.

(Clique no gráfico para ampliar)

Os ‘carros de entrada’ fazem parte da categoria de automóveis que têm como público-alvo os consumidores de menor poder aquisitivo, são aqueles que costumam ser mais acessíveis. Os três usados por Peçanha no levantamento são: Renault Kwid Zen 1.0, Chery QQ Act 1.0 e Fiat Mobi Like 1.0. Há quatro anos, em janeiro, eles custavam R$ 30.813,33, em média. Na mesma época, o salário mínimo era de R$ 998. Portanto, para comprar os veículos, era preciso desembolsar o valor correspondente a 31 pisos de remuneração.

Carro vale 52 salários mínimos

Em janeiro de 2023, o preço médio desses três carros saltou para R$ 67.505. Por sua vez, o salário mínimo era de R$ 1.302 (mudou para R$ 1.320 em 1º de maio). Ou seja, para adquirir os mesmos carros populares passou a ser necessário pagar 52 salários mínimos.

Além disso, essa expansão nos valores foi maior que a inflação. No período, a inflação foi de 27,6%, ou seja, 18 p.p. (pontos percentuais) a menos, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em fevereiro último, a produção de veículos foi a menor para o mês nos últimos sete anos, com 161,2 mil automóveis montados, uma queda de 2,9% em relação ao mesmo período de 2022, segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Vale lembrar que o Chery QQ Act 1.0, um dos três veículos utilizados no levantamento da FGV, nem é mais vendido no país. Isso também ilustra o momento ruim que vive o segmento no Brasil.

Fonte e gráfico: Portal R7

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