Movidos pela paixão de desenhar, há quatro anos, nasceu a Startup ‘Casa do Cacete’, com o objetivo de fomentar a arte e estabelecer um diálogo com o mundo sem fronteiras. “Aliás, aí está a origem do nosso nome, pois aqui em Sergipe quando falamos ‘é lá na casa do cacete’ nos referimos a um lugar muito longe. Com esse novo olhar sobre nós mesmos, sobre o nosso manguezal e suas lendas, cores e cheiros, nos reconhecemos em cada canto da Mata do Crasto”, revela o ilustrador Genisson Cardoso, membro do Coletivo Casa do Cacete (CDC).
A CDC é composta por ilustradores capacitados pelo projeto Arte Naturalista, uma ação de economia criativa e educação ambiental desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa em Tecnologia e Inovação (IPTI), no município de Santa Luzia do Itanhy, em Sergipe, que recebe apoio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, da Ciência e Tecnologia (Sedetec). “A ideia surgiu depois que participamos de um curso promovido pelo IPTI sobre empreendedorismo e economia criativa. No final da oficina nos reunimos e idealizamos o coletivo Casa do Cacete”, conta o artista Matheus Glaudiston.
Inspiração
Genisson Cardoso revela ainda que o horizonte da Orlinha do povoado Castro, os crustáceos, a fauna e a flora, e o pôr do Sol servem como inspiração para a confecção das estampas. “Afinal, convivemos com esses elementos desde pequenos e poder expressar nossa arte através desses ambientes é gratificante e prazeroso”, pontua.
A arte da Casa do Cacete tem rompido fronteiras e está sendo vendida, inclusive, em Nova Iorque. A iniciativa surgiu quando uma empresária americana, proprietária de uma loja colaborativa na cidade, conheceu o trabalho dos jovens e os convidou para expor e vender camisas ilustradas em sua loja. “Ver que o nosso trabalho estampado nas camisas e sendo vendidas em Nova Iorque é uma honra. Estamos gerando renda, inspirando jovens, incentivando a economia local e, principalmente, vivendo do nosso sonho. E o mais bacana é que este trabalho é um incentivo não só para nós que fazemos parte desse coletivo, como para os outros jovens de Sergipe”, completa Genisson.
Novos Talentos
O trabalho do coletivo Casa do Cacete é contínuo e já colhe frutos positivos com novos talentos que participam da iniciativa. “O pequeno Nino Santos, de nove anos, tem nos surpreendido. É mágico ver a alegria dele em folhear os livros e ter o contato com a arte através dos artistas, como, por exemplo, Van Gogh. Nino fez uma releitura de uma famosa tela do artista, deixando todos admirados com seu talento e desenvoltura”, finaliza Genisson.
Para conhecer o trabalho dos jovens de Santa Luzia do Itanhy e o projeto Casa do Cacete, acesse o site https://www.casadocacete.com/colecoes.
Foto: CDC