Um entendimento com o Ministério Público Estadual (MPE) concluiu que, de forma emergencial, podem ser feitos sepultamentos no Cemitério de Tobias Barreto, que estava totalmente interditado por decisão da Justiça Federal. Como parte daquele campo santo não está na esfera federal, o acordo feito entre o MPE, Prefeitura e a Igreja permite que sejam realizados enterros de forma vertical, ou seja, nas gavetas. A decisão da Justiça Federal se fundamentou em denúncia do Ministério Público Federal e objetivou impedir que as águas oriundas do cemitério continuassem poluindo os rios que cortam aquele município da zona sul de Sergipe.
Desde a última quarta-feira (19) não se realizam sepultamentos no Cemitério Nossa Senhora do Amparo, o único da cidade e que é administrado pela Paróquia de Nossa Senhora Imperatriz dos Campos. A alternativa encontrada pelas funerárias foi efetuar os enterros nos campos santos dos povoados ou nos de municípios vizinhos. Ao mandar lacrar o cemitério, a Justiça Federal arbitrou uma multa de R$ 25 mil para cada sepultamento ali realizado. Diante da autorização de reabertura da parte sob a alçada da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), foi agendada uma visita dos técnicos desta autarquia para analisar a situação.
De acordo com a Prefeitura, o processo sobre a poluição causada pelo cemitério foi instaurado em 2014, porém a administração municipal passada perdeu o prazo para recorrer. Mesmo com o processo concluído, a Procuradoria do Município se movimentou para suspender a proibição de sepultamentos e terminou conseguindo o acordo com o MPE para a realização de depultamentos nas gavetas. Para resolver em definitivo esta situação, a municipalidade terá que construir um novo campo santo. A decisão de autorizar a reabertura do cemitério mesmo de forma emergencial foi festejada na cidade, pois soluciona um grave problema de ordem sanitária, principalmente nesta fase de pandemia.
Imagem: TV Sergipe