A cerveja deve ficar mais cara no mês que vem, conforme previsão dos donos de bares e restaurantes. Nos últimos 12 meses, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado ficou em 11,89%. No mesmo período, a cerveja subiu 8,41%. No setor cervejeiro, os reajustes costumam acontecer entre setembro e outubro, mas os empresários estimam que os fornecedores devem antecipar para agosto os aumentos.
De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), este só mais uma agrura enfrentada pelos estabelecimentos, que enfrentam também a alta dos custos de alimentos, sem poder repassar tudo para o consumidor, enquanto tentam recuperar os prejuízos da pandemia. As cervejarias, no entanto, desconversam sobre um possível reajuste em agosto. Procurado, o grupo Heineken afirmou que, “por direcionamentos globais, não comenta sua estratégia de preço”.
A previsão de alta da cerveja vem como consequência da elevação do preço da bebida nos supermercados, que já é de 9,38% em um ano. Segundo Paulo Solmucci, presidente da Abrasel, a cerveja representa de 20% a 60% do faturamento desses estabelecimentos, dependendo do perfil de cada um. Dessa forma, o reajuste das bebidas deve ter um impacto nas contas dos consumidores.
Fonte: Abrasel (foto pixabay