A previsão de chuvas em Sergipe continua até o próximo domingo (28). A Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas (Semac) vem monitorando as condições meteorológicas desde a última semana, quando se iniciou a atuação do cavado associado ao ciclone extratropical sobre o Oceano Atlântico, favorecendo a formação de áreas de instabilidade na faixa leste do Nordeste.
Conforme análise da Gerência de Meteorologia e Mudanças Climáticas da Semac, são esperadas chuvas moderadas a intensas, principalmente na região do Litoral e Agreste sergipano, durante toda esta semana, com possibilidade de o acumulado superar 50 a 100 mm. Também está em atuação a oscilação Madden-Julian, responsável por levar umidade para o Norte e Nordeste do país, favorecendo a atividade convectiva (precipitações).
Para o Sertão sergipano, a previsão também é de chuva com intensidade moderada para as próximas 24h, iniciando nesta segunda-feira, 22, até as 10h da terça-feira. Diante disso, o volume de chuva deve variar entre 20 a 30 mm/h ou até 50 mm/dia.
Acumulados expressivos
A meteorologista da Semac, Wanda Tathyana de Castro Silva, explica que a ocorrência de chuvas pode gerar acumulados expressivos para as regiões do Litoral e Agreste, apresentando riscos em rodovias, alagamentos, deslizamentos de encostas, transbordamento de pequenos córregos e riachos.
“Diante das elevadas temperaturas do Oceano Atlântico e Oscilação da Antártica que está em sua fase negativa, favorecendo assim o deslocamento dos ciclones para latitudes menores, se alteram as condições do tempo no Brasil. O ciclone extratropical atuante é intenso e está alinhado diretamente com a costa leste do Nordeste do Brasil, atuando em todos os níveis da atmosfera, nos baixos, médios e altos níveis”, afirma Wanda Tathyana.
Segundo a meteorologista, o surgimento da atuação do cavado favoreceu o aumento da convergência de umidade e causando maior intensidade e persistência das chuvas durante essa semana, em virtude da atuação dos sistemas de alta pressão atmosférica, causando condição de bloqueio atmosférico. “Ou seja, esse ciclone não poderia se deslocar e, por essa razão, ele está alinhado diretamente para o Nordeste, causando precipitações e acumulados expressivos de chuvas em todo o estado, especialmente no Litoral e Agreste”, explica Wanda.
Fonte: Secom/GS (Foto:PMU)