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Comerciários de Sergipe tentam fechar acordo salarial

Ronildo Almeida garante que “se instalou um caos”

Representantes dos trabalhadores do comércio e serviços e do patronato participaram de mais uma rodada de negociações para fechamento da Convenção Coletiva 2022, desta vez sob a mediação da Superintendência Regional do Trabalho (SRT). De acordo com Ronildo Almeida, presidente da Federação dos Empregados no Comércio e Serviços do Estado de Sergipe (Fecomse), a reunião ocorreu a pedido das entidades sindicais, na tentativa de agilizar o processo.

“A pauta foi entregue ao setor patronal no ano passado e até o momento não tivemos nenhuma resposta. A classe trabalhadora tem um papel determinante no crescimento e na consolidação das empresas, na movimentação da economia, na geração de riquezas. É fundamental que o empresariado entenda a importância dos trabalhadores nesse processo e cumpra a sua parte para que as negociações das convenções coletivas avancem”, argumenta Almeida.

Perdas salariais

O dirigente sindical alerta sobre as perdas salariais e sociais nos últimos anos pelos trabalhadores e trabalhadoras do setor. “A situação é bastante crítica, com acúmulo de prejuízos financeiros e sociais que vêm desde antes da pandemia, agravados agora com a crise sanitária. É necessário que o patronato coloque a recomposição salarial dos trabalhadores na ponta do lápis como despesa, assim como faz com impostos e tributos, por exemplo, e discuta reajuste salarial e melhores condições de trabalho”, pontua Ronildo Almeida.

“Não estamos pedindo nenhum favor, são dívidas que o empresariado tem com os trabalhadores que precisam ser solucionadas. Não dá para naturalizar, em nome do discurso patronal de que o setor não tem condições, a exploração das trabalhadoras e dos trabalhadores, a escravização da força de trabalho. Não vamos aceitar a perda de direitos conquistados em anos de luta”, defende Ronildo Almeida.

Sobre o desenrolar das negociações, o presidente da Fecomse diz que esta semana serão analisadas algumas contrapropostas apresentadas pelos representantes do setor patronal presentes à última reunião – sindicatos lojista, varejista, gênero alimentícios e farmácia – e cobrada uma posição das demais entidades empresariais que não participaram da mediação na SRT, em total desrespeito à parte laboral e, principalmente, à Superintendência Regional do Trabalho, que chamou a reunião.

“Esperamos que nossos pleitos e necessidades sejam respeitados, não como um favor, mas como pagamento pelo trabalho efetivo que realizamos. É preciso urgentemente que negociemos nossa pauta, com reajuste salarial e melhores condições de trabalho”, defende Ronildo Almeida.

Pauta

Entre as reivindicações dos trabalhadores estão a manutenção de todas as cláusulas das convenções coletivas vigentes, recomposições salariais e discussão de algumas cláusulas novas que se fazem necessárias.

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