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Conselheira do CRP19 indicada articuladora do Selo Unicef

Segundo a psicóloga Daiana, trabalhar com infância e adolescência é sempre desafiador

A representante do Conselho Regional de Psicologia de Sergipe, Daiana Santos Vieira Alves (CRP 19/2050) foi indicada como articuladora do Selo Unicef, iniciativa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), do município de Divina Pastora. A psicóloga é representante do CRP19 no Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de Sergipe.

O Selo UNICEF tem como principal objetivo estimular e reconhecer avanços reais e positivos na promoção, realização e garantia dos direitos de crianças e adolescentes em municípios do Semiárido e da Amazônia Legal brasileira. Os municípios que aderem ao Selo assumem o compromisso de manter a agenda de suas políticas públicas pela infância e adolescência como prioridade.

“Trabalhar com infância e adolescência é sempre desafiador quando se tem como princípio base que crianças e adolescentes precisam de cuidados com prioridade absoluta. Ser convidada a estar, enquanto Articuladora do Selo Unicef no município de Divina Pastora, é contribuir e lutar pela garantia de todos os direitos fundamentais”, declara a psicóloga.

Reduzir desigualdades

“A partir da adesão ao Selo Unicef 2021-2024, o município concorda publicamente que é preciso trabalhar considerando que a infância e adolescência têm prioridade absoluta. O objetivo é de reduzir as desigualdades regionais, sociais, de gênero, raça e etnia para garantir que cada criança, adolescente e jovem possa realizar seu pleno potencial e participar plenamente na sociedade brasileira”, acrescenta.

Conselheira do CRP19 também é técnica de referência do Centro de Referência Especializado em Assistência Social de Divina Pastora e representante da Secretaria Municipal de Assistência Social na presidência do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) no município.

De acordo com informações do Portal Selo Unicef, a pessoa indicada para coordenar as ações da iniciativa no município deve ser uma referência na gestão de políticas públicas para a infância e a adolescência e ter capacidade de articulação junto às Secretarias Municipais de Educação, Saúde e Assistência Social e demais áreas que o município julgar fundamental.
“Serão necessárias capacitações e ações articuladas entre as diversas secretarias, dentre elas a Assistência Social, Educação e Saúde, entidades da sociedade civil que atuam com a infância e adolescência e a própria população com a participação dos adolescentes, através do Núcleo de Cidadania de Adolescentes (NUCA)”, salienta.

“Cada criança e adolescente tem suas particularidades, peculiaridades e potencialidades e, para que seus direitos sejam garantidos é preciso colocar em prática tudo o que está preconizado, sobretudo, no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA)”, completa.

Psicologia e políticas públicas

A psicóloga destaca a importância da Psicologia nas Políticas Públicas voltadas para a infância e adolescência. “Enquanto psicóloga atuante na área social, acredito que é muito relevante a atuação, enfatizando o olhar à luz da pobreza, raça e gênero, sem ferir os direitos dos que vivem em espaços privilegiados. Na prática, é preciso elencar o que há de melhor em crianças e adolescentes e multiplicar para a transformação de vidas sem as vulnerabilizar”.

“É importante ressaltar também que crianças e adolescentes não são caixas, nas quais depositamos nossos anseios e nossos projetos sem que eles mesmos possam participar da construção do futuro, a psicologia pode contribuir muito para a inclusão e desenvolvimento das potencialidades de adolescentes em diversos espaços, formando cidadãs e cidadãos sensíveis ao exercício da cidadania, autocuidado e da própria autonomia”, complementa Daiana.

Entre as funções desempenhadas pelos Articuladores ao longo do processo do Selo UNICEF estão a de mobilizar os diversos setores em torno da causa da criança e do adolescente, apoiar a participação de adolescentes no município, promover a articulação entre os diversos atores da administração municipal, sociedade civil e setor privado, entre outras.

“Através da criatividade e espontaneidade é possível promover as potencialidades que cada criança e adolescente possui, mas precisamos enxergar que, quando eles vivem situações de vulnerabilidades, seja pela pobreza, violência, fome, sem escola e ou saúde, ou quando são vulnerabilizadas pelo estado ou instituições, não haverá criatividade, espontaneidade, muito menos desejo por um ‘futuro promissor’. Tudo acaba funcionando de maneira automática e sem humanidade, apenas para que sejam cumpridas agendas e prazos”, frisa a psicóloga.

“Os resultados esperados através do olhar da interseccionalidade visam a diminuição das desigualdades, o fortalecimento da intersetorialidade a fim de ofertar serviços de qualidade evitando a revitimizacão dos direitos violados, além de promover melhores condições de vida e a plena participação de adolescentes através do potencial que há em cada adolescente”, finaliza.

Os municípios certificados com o Selo UNICEF passam a fazer parte de um grupo de municípios reconhecidos internacionalmente e avançam mais na melhoria dos indicadores sociais do que outros municípios de características socioeconômicas e demográficas semelhantes que não foram certificados ou participaram do Selo.

Assessoria de Comunicação/CRP19

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