Pela primeira vez em três anos, a bandeira tarifária vermelha patamar 2, com maior custo adicional na conta de luz, entrou em vigor nesta terça-feira (1º). A medida, autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para este mês, prevê um acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Com isso, o aumento na conta de energia elétrica deve chegar a 4,4%, segundo estimativa da economista Basiliki Litvac, da MCM Consultores. “Na inflação, o impacto total estimado é de 0,18 ponto percentual, a ser praticamente captado pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de outubro”, afirma.
A Warren Investimentos estima o impacto em 0,17 ponto na inflação oficial. “Já esperávamos por esta bandeira. E, no ano, não temos a premissa de permanecer em vermelha 2. Esperamos bandeira amarela em dezembro. Caso permaneça em vermelha 2, a projeção do IPCA 2024 sobe em 0,32 ponto percentual”, diz a estrategista de inflação Andréa Angelo, em nota.
A previsão de escassez de chuvas e clima seco com temperaturas altas motivam acionamento de térmicas, impactando os custos da operação do sistema elétrico, segundo a Aneel. A bandeira vermelha patamar 2 não era acionada desde agosto de 2021, durante a crise hídrica.
No mês de julho passado, houve o acionamento da bandeira tarifária amarela pela primeira vez desde abril de 2022. Em agosto, em cenário mais favorável, houve o retorno para a bandeira verde, que não implica cobrança adicional de tarifa. Já em setembro, foi acionada a vermelha, patamar 1.
Fonte: Portal R7 (Foto: Agência Brasil)