Mesmo com esforços de contenção em âmbito nacional e estadual, o coral-sol continua presente no litoral sergipano. Por não ser uma espécie nativa do Brasil, o avanço de suas colônias causa desequilíbrio ecológico e impactos na economia. Desde 2020 que se tenta combater essa praga. Naquele ano, a Justiça acatou uma ação do Ministério Público Federal em Sergipe e determinou que a Petrobras elaborasse um plano emergencial para combater corais nocivos ao meio ambiente da espécie Coral-sol das plataformas da empresa que operam em águas sergipanas.
A Petrobras chegou em março de 2014, a reconhecer a existência do coral-sol, porém negou-se a promover medidas de controle e erradicação da espécie. A empresa declarou, na época, que os efeitos ainda eram desconhecidos e que não foram constatados danos ao meio ambiente ou à saúde humana que justificassem uma ação por parte da empresa. A petrolífera teve todos os seus argumentos negados pelo Ibama que determinou que a empresa apresentasse um plano emergencial e um cronograma de erradicação do coral-sol.
Originário do oceano Pacífico, o coral-sol foi inicialmente observado na década de 1980 em plataformas de petróleo na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. Essa espécie exótiva é um invasor eficiente, com rápido crescimento, reprodução precoce, por se estabelecer ou invadir novos ambientes no litoral brasileiro, atestando a sua habilidade invasora. O coral-sol modifica seu próprio ambiente, potencializando e promovendo sua permanência, produzindo substâncias químicas nocivas e excluindo a fauna e flora nativa.
Foto: Herton Escobar/USP Imagens