O Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe realizou 216 resgates aquáticos em 2019. No ano passado, nenhum caso de morte por afogamento foi registrado nas praias de Aracaju. O resultado positivo é mantido por meio de um trabalho preventivo, que acontece há vários anos. Mas em 2019 a atuação e ganhou nova formatação e recebeu o nome de Projeto Verão Seguro.
A execução do projeto consiste na atuação dos militares nas praias e regiões próximas conscientizando a população sobre os cuidados que se deve ter e também alertando a respeito dos perigos. As ações acontecem geralmente nos fins de semana e tem como material de apoio uma cartilha explicativa para os pais e pulseiras de identificação para as crianças.
Sem óbito
Dos atendimentos prestados pelos militares do bombeiro os mais comuns são, situações de afogamentos de grau 01 e 02 (89 casos, mas sem óbito); 56 atendimentos pré-hospitalares; 23 casos de queimaduras por caravelas; e 21 situações de crianças perdidas, além de outros tipos de atendimentos.
Para este ano de 2020, as ocorrências relacionadas a crianças perdidas ganharam uma atenção especial na campanha, por meio do Projeto Verão Seguro a criançada recebe dos militares uma pulseira de identificação. Nela, são colocadas informações como o nome e o telefone do responsável, para ajudar na localização de crianças que porventura se perderem.
O major Caldas, do CBM, explicou que os resultados obtidos fazem parte de um trabalho preventivo e de orientação para que sejam evitados incidentes nas áreas de praias e também dos rios. São várias as orientações que, se seguidas corretamente, colaboram diretamente para a manutenção da segurança dos banhistas.
Método bem sucedido
“A avaliação que fazemos é que esse método de prevenção está sendo um sucesso. Isso requer também a conscientização da população, respeito as nossas bandeiras, também a divulgação, a ciência de que não pode misturar bebida alcoólica e também a ingestão de alimentos para depois fazer natação”, frisou.
O militar destaca ainda que é importante o conhecimento sobre as áreas que se pretende frequentar, já que as condições climáticas e também da geografia do local podem influenciar em mudanças bruscas na correnteza da água e também no surgimento de partes com maior profundidade na água.
“O conhecimento da área de perigo como da Coroa do Meio à Praia do Viral. Tudo isso somado fez com que não tivéssemos óbitos por afogamento. E também a luta constante dos nossos guarda-vidas que estão fazendo um trabalho incessante pela manhã e pela tarde, e às vezes também um trabalho noturno para que não haja afogamentos nas praias e nos rios que cortam Aracaju”, apontou.
Respeito às orientações
Os banhistas devem respeitar as orientações feitas a partir das bandeiras que são instaladas nas praias. “Só o fato de termos bandeiras vermelhas em frente de um ambiente praiano deve chamar a atenção dos banhistas, pois ali está informando que há um lugar de perigo. Nesses anos que estamos por aqui, apenas temos colocado as bandeiras vermelhas, embora haja também as verdes e amarelas, em alusão a um semáforo de trânsito. Pretendemos fazer testes com essas bandeiras, mas também não queremos fazer nenhum tipo de poluição visual nas praias”, concluiu o major.
Fonte e foto: Ascom/SSP-SE