Os casos de internamento de crianças entre 3 e 4 anos por síndromes respiratórias agudas graves cresceram cerca de 50% nas últimas três semanas em Aracaju. Esta informação é da Secretaria Municipal da Saúde, que reforça a importância da vacinação d criançada contra covid-19. Segundo a secretária Waneska Barboza, o público de crianças de 0 a 4 anos, dentro da faixa de 0 a 17 anos, corresponde ao maior número de internamentos confirmados por covid-19 neste ano, quando comparado com 2020 e 2021, com 84% dos casos. Os atendimentos de casos de síndromes gripais em crianças de 0 a 9 anos também cresceram cerca de 12% nas últimas semanas.
“Isso demonstra que, como é um público que estava desprotegido de vacina, até aproximadamente cerca de um mês e meio, está mais suscetíveis a, se contaminadas, evoluírem para casos mais graves, com necessidade de internações, como já tem sido demonstrado, inclusive, com possível evolução de óbitos. Mas, agora, já temos a vacina disponível para esse público de pelo menos 3 e 4 anos. É extremamente importante que os responsáveis levem essas crianças que já estão nessa faixa etária para se vacinarem porque, objetiva e cientificamente, já está demonstrado que essa é a faixa etária que tem internado muito, tanto por covid-19 como por sintomas respiratórios relacionados a vários outros vírus”, destaca a secretária.
Segurança
Ainda conforme a secretária Waneska, estudos divulgados recentemente pelo Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), o principal motivo que tem levado muitos pais e responsáveis a resistirem em levar as crianças para vacinação é o medo das reações adversas, no entanto, os próprios estudos demonstram que estas têm um percentual em torno de 0,01% e, quando ocorrem, apresentam sintomas de reação comum aos de outras vacinas incluídas no calendário das crianças.
“Pode haver um pouco de cansaço na criança ou dor local da vacina, que é o motivo de maior relato dos pais, porém os benefícios da vacina superam essas reações, já que os estudos também demonstram a capacidade muito grande de elas apresentarem sintomas mais leves da doença, quando estão imunizadas”, explica a gestora.
Com a evolução de novas cepas dos vírus respiratórios, se torna fundamental a imunização das crianças, podendo evitar uma nova onda de covid-19 durante os próximos meses. “A vacina vai agir no sistema imunológico das pessoas, evitando que, uma vez contaminadas, evoluam para casos graves. Se as crianças não forem vacinadas, elas não terão essa proteção e os anticorpos não serão desenvolvidos, deixando-as extremamente vulneráveis quando contaminadas”, reitera a secretária.
2ª dose
A imunização da vacina contra covid-19 é realizada em duas doses, mais doses de reforço. Para as crianças de 3 e 4 anos que já receberam a 1ª dose, é importante retornar para a aplicação da D2 após o período de 28 dias da D1. São esperadas, neste momento, um total de 244 crianças desta faixa etária, que cumpriram o intervalo necessário, para essa imunização.
“Quem tomou a primeira precisa retornar para tomar a segunda porque a taxa de efetividade da vacina só ocorre quando são aplicadas as duas doses com esse intervalo de 28 dias. Ainda não há uma autorização para reforço em crianças nessa faixa etária, mas há uma autorização para reforço nas crianças acima de doze anos, e estas devem comparecer”, reforça Waneska.
Pontos e horários
Das 8h às 13h, estarão abertas as salas de vacina das Unidades Básicas de Saúde (com exceção das UBSs Irmã Caridade e Joaldo Barbosa) e o Colégio Marechal Henrique Teixeira Lott, localizado na rua Nova Paraíba, s/n, Bairro América. No horário das 8h às 16h ficarão funcionando as UBSs: Santa Terezinha (Robalo), Augusto Franco (Farolândia), Cândida Alves (Santo Antônio), José Caumby (Jardim Centenário).
Fonte e foto: Secom/PMA