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Cresce violência contra pessoas trans

Apesar de ser considerada crime, a LGBTIfobia continua fazendo vítimas

O Brasil é o país que mais assassinou pessoas trans em todo o mundo, com 331 casos registados entre 1º de outubro de 2018 a 30 de setembro passado. Os dados são da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). No ranking proporcional dos assassinatos por estados, Sergipe aparece em 2º lugar com 11,96 casos por 100 mil habitantes.  O 1º é o Mato Grosso com 12,03 assassinatos por 100 mil habitantes.

A Antra também revela que, desde janeiro deste ano, houve um aumento em mais de 60% dos casos de violência direta. Apesar da decisão do Supremo Tribunal Federal reconhecendo a LGBTIfobia como um expressão de racismo, continua crescendo os casos de xingamentos, negação de acesso a espaços, perseguição pública e declarações públicas de ódio contra pessoas trans.

Segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais, por conta da visível discriminação, a juventude trans fica diretamente exposta à violência, especialmente aquelas que trabalham na prostituição. Estas são ainda mais submetidas a diversas formas de violência, seja ela psicológica, simbólica, física ou mesmo ao assassinato.

A Antra diz em relatório que os índices mais altos de assassinato da população Trans estão diretamente relacionados às questões etárias, onde quanto mais jovem, mais suscetíveis à violência e à mortandade. A vítima mais jovem noticiada em 2018 pela entidade tinha 17 anos e a mais velha 49 anos. O Mapa dos assassinatos aponta que 60,5% das vítimas tinham entre 17 e 29 anos, caindo para 29,1% aquelas entre 30 e 39 anos, 10,5% entre 40 e 49 anos. Com base no levantamento da Anta, a idade média das vítimas dos assassinatos em 2018 é de 26,4 anos.

Para reagir contra essa crescente violência, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais está lançando o Projeto “Resistência do Arco Iris”. Seu objetivo principal é garantir uma efetiva participação de todas as LGBTI+ na construção de uma resistência eficaz e segura. A Associação revela que “a luta LGBTI+ surgiu a partir de nossa revolta contra a violência. E do quanto é necessário cada vez mais discutir sobre o que tá rolando, pra não ser apanhada de surpresa em locais violentos”.

Crédito/Revista Forum

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